Ricardo Salgado, que ganhou a alcunha de «Dono Disto Tudo», foi indiscutivelmente um dos nomes mais falados do ano depois da crise ter estalado no Grupo Espírito Santo, que acabou por levar ao colapso do BES. O banqueiro foi ainda constituído arguido no caso Monte Branco, mas escapou à prisão após ter pago uma caução de três milhões de euros.
Ainda no tópico dos escândalos encontramos outro nome muito forte: José Sócrates, que se tornou no primeiro ex-primeiro-ministro português a ser detido e, posteriormente, preso. Suspeito de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, encontra-se em preventiva no estabelecimento prisional de Évora.
Salgado e Sócrates, casos que têm pelo menos uma coisa em comum: o juiz Carlos Alexandre. O magistrado era até setembro o único juiz titular do Tribunal Central de Instrução Criminal e, por isso, tornou-se responsável pelos processos mais complexos. O currículo é tão extenso quanto mediático: Vistos Gold, as buscas ao Novo Banco, Face Oculta, BPN, Freeport, Submarinos, Monte Branco... só para enumerar alguns casos.
Joana Marques Vidal, a Procuradora-geral da República, titular da investigação criminal, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, são outras das figuras que pela sua participação em casos de grande relevo para o país, se tornaram figuras do ano.
Na esfera política, assistimos a um duelo interno no Partido Socialista. António Costa conquistou o cargo de secretário-geral, deixando para trás António José Seguro, depois de ter vencido as eleições primárias. Um escrutínio antecedido por uma intensa troca de acusações e um clima de mau estar dentro do partido.
E claro, Maria Luís Albuquerque. A ministra que foi substituir Vítor Gaspar na pasta das Finanças fechou o memorando com a Troika, teve de conduzir com o governador Carlos Costa uma solução para o caso BES e ainda se viu a braços com a polémica dos Vistos Gold.
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