Associação de apoio a "gargantas fundas" paga defesa de hacker Rui Pinto - TVI

Associação de apoio a "gargantas fundas" paga defesa de hacker Rui Pinto

The Signals Network é uma associação sem fins lucrativos franco-americana que visa criar um ambiente seguro para whistleblowers, ao mesmo tempo que encoraja a transparência, responsabilidade e as denúncias anónimas

Os custos da defesa de Rui Pinto, o hacker que terá acedido ilegalmente aos e-mails do Benfica, estão a ser suportados pela The Signals Network, confirmou fonte da associação em comunicado enviado à TVI24 e entretanto confirmado nas redes sociais oficiais.

A The Signals Network é uma associação sem fins lucrativos franco-americana que visa criar um ambiente seguro para whistleblowers (denunciadores na tradução literal) ao mesmo tempo que encoraja a transparência, responsabilidade e as denúncias anónimas

O whistleblower, parte do chamado Football Leaks que expôs práticas ilícitas no mundo do futebol, está a receber apoio legal e não só da The Signals Networks", pode ler-se no comunicado.

William Bourdon, advogado de Rui Pinto que já defendeu outras "gargantas fundas" no passado, faz parte do conselho consultivo da The Signals Network.

Além de apoio legal, a The Signals Network oferece outros serviços a um número restrito de whistleblowers, de que Rui Pinto faz agora parte, que contribuiram para expôr várias práticas ilícitas. Esses serviços vão desde o apoio legal que o português de 30 anos está agora a receber a segurança de dados e informação, relações com os media, apoio psicológico e ainda alojamento seguro e confidencial.

As revelações do Football Leaks são de grande interesse público, que foram investigadas por órgãos de comunicação social de relevo, entre eles o Der Spiegel e a Mediapart. Nenhum destes artigos foi alvo de queixas por difamação", explicou Delphine Halgand-Mishra, diretora executiva da The Signlas Network. "Por estas razões, Rui Pinto merece receber o apoio de todos os que estão empenhados em defender a liberdade de imprensa e o jornalismo de investigação".

Rui Pinto vai ficar em prisão domiciliária, na Hungria, depois de ter sido esta sexta-feira presente a um juiz. A informação foi confirmada à TVI por Francisco Teixeira da Mota, advogado de defesa do jovem português de 30 anos.

Continue a ler esta notícia