Professor acusado de abusos sexuais a troco de boas notas - TVI

Professor acusado de abusos sexuais a troco de boas notas

  • MC
  • 16 out 2018, 18:51

Um professor madeirense começou a ser julgado esta segunda-feira por estar acusado de abusos sexuais por uma aluna

Começou, esta segunda-feira, à porta fechada, no Funchal, o julgamento de um docente acusado de abusos sexuais por uma aluna. Na primeira sessão foi confirmado o crime contra a liberdade e autodeterminação sexual da menor.

A jovem fez queixa há quatro anos, quando tinha 17, alegando que o professor se encontrava com ela e lhe dava dinheiro a troco de favores sexuais.

A alegada vítima afirma que, na altura, era toxicodependente e estava fragilizada com problemas familiares. 

Nós tínhamos relações sexuais e em troca disso ele dava-me boas notas, não me marcava faltas e ajudava-me com dinheiro para os meus consumos. Na maioria das vezes, ele consumia comigo, afirma a ex-aluna em entrevista à TVI.

No entanto, existirão contradições nas versões de aluna e professor.

A aluna dizia que eu tinha uma tatuagem na perna e eu não tenho uma única tatuagem no corpo. A primeira coisa que a Polícia Judiciária fez foi verificar as minhas pernas para ver se tinha alguma tatuagem. Eu não tenho nenhuma tatuagem nas pernas, nem nunca tive”, garante o professor, também entrevistado pela TVI.

O docente afirma ainda que a aluna disse que ambos se encontravam às 18:30, hora em que o suspeito dava treinos a crianças num clube local. O homem assegura que os vizinhos e os pais dos menores podem confirmar essa informação.

A TVI teve acesso, em exclusivo, a um áudio da alegada vítima, onde se ouve uma jovem a pedir a um amigo para mentir em tribunal a troco de dois mil euros.

Ficas a ganhar mais comigo do que em ficar do lado dele”, pode ouvir-se.

A aluna diz que nunca foi forçada a nada e que os atos sexuais que existiram foram consentidos por ambos, no entanto, por ser menor à data dos alegados factos trata-se de um crime público.

O professor teme que o Ministério Público possa suspendê-lo de funções e proibi-lo de aceder a locais frequentados por crianças.

Continue a ler esta notícia