Pedidos de internamento compulsivo aumentam nos tribunais - TVI

Pedidos de internamento compulsivo aumentam nos tribunais

  • 22 nov 2019, 15:51

Médicos e familiares veem-se obrigados a pedir internamento para pessoas com doenças mentais graves

São doentes que não sabem, na sua maioria, que estão doentes, e para quem a diferença entre a vida e a morte pode estar num atestado médico ou num juiz rigoroso. Pessoas que recusam tratamento, a primeira condição para que um médico possa pedir junto do tribunal o internamento compulsivo de um doente. 

Numa tentativa de evitar cenários trágicos, há cada vez mais médicos e familiares a pedir o internamento compulsivo de doentes mentais.

Segundo os dados do Ministério da Justiça, regista-se um aumento de 36% do número de pedidos que deram entrada nos tribunais nos últimos dez anos.  Quase metade são processos urgentes e obrigam os juízes a tomar uma decisão em 48 horas.

Na maioria dos casos, os juízes dão provimento aos pedidos, ou seja, determinam o internamento.

Só no último ano, foram assinadas pelos juízes quase 2842 ordens de tratamento compulsivo. A maior parte dos casos ocorreram nos grandes centros urbanos, Lisboa  e Porto. No extremo oposto da estatística, estão os distritos de Portalegre (89) e Castelo Branco (168) com o menor número de casos.

Em causa, estão doenças como psicose esquizofrénica, psicose delirante ou depressão unipolar. Os especialistas admitem que este crescimento não é alarmante e está em linha com o que acontece na Europa.

Continue a ler esta notícia