O Deus e o Diabo desta sexta-feira trouxe Ana Leal ao programa para abordar dois casos avançados pela TVI esta quinta-feira no programa desta jornalista.
Uma das questões denunciadas pela equipa de Ana Leal foi a celebração de contratos por ajuste direto entre a câmara de Loures e um familiar de Jerónimo de Sousa.
Depois disto ainda querem que os portugueses confiem nos políticos e que as novas gerações se sintam mobilizadas para participarem ativamente na política”, destacou José Eduardo Moniz, depois de Ana Leal ter apresentado documentos que confirmam a investigação jornalística.
A jornalista comentou ainda a agressividade entre Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães, que, de acordo com José Eduardo Moniz, levanta muitas questões, nomeadamente sobre a proteção das crianças enquanto vítimas das disputas entre pais.
De acordo com Ana Leal, o caso de Carrilho e Bárbara Guimarães "prova falhanço total do sistema".
No programa desta semana, destaque também para a dívida portuguesa. De acordo com as contas de José Eduardo Moniz, cada português tem uma dívida calada e não se apercebe disso: quase 24 mil euros cabe a cada português pela dívida que o Estado contraiu.
Curiosamente, esta semana, António Costa, socorrendo-se de conversa de médico, mostrou-se preocupado, considerando a redução da dívida um fator "crucial"”, afirmou o jornalista.
Houve ainda espaço para falar do Novo Banco, que esta semana disse que ia precisar de mais dinheiro do Estado, e da Caixa Geral de Depósitos, banco público que vendeu os 30% que tinha na INAPA a Mário Centeno.
José Eduardo Moniz quis ainda trazer o tema do fecho das estações do CTT e dos advogados, nomeadamente o dinheiro que o Estado gasta com estes profissionais.
A verdade é que o Estado gastou no ano passado 21,7 milhões em advogados. É o maior valor desde 2012 e representa uma subida de 63%. A pergunta que falta fazer à ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques é: onde está o famigerado centro jurídico?”, questionou.
A atração de investimento para a economia crescer, as urgências dos hospitais e o incêndio de 2018 em Tondela, onde morreram 11 pessoas, também estiveram em cima da mesa.
Análise que se estendeu ao panorama dos reformados com mais de 65 anos, cujos 15,1% está em risco de pobreza. As prisões e a falta de enfermeiros nos estabelecimentos prisionais também esteve na ordem de assuntos de José Eduardo Moniz.
Incompreensível o facto de guardas prisionais estarem obrigados a fazer de enfermeiros. Como não há enfermeiros em algumas prisões, são eles que têm que distribuir medicamentos, incluindo a metadona. São eles também que estão responsáveis pela avaliação da saúde dos presos”, referiu. “Isto tudo porque o contrato com a empresa que disponibilizava enfermeiros para as 49 prisões caducou”, explicou o jornalista.
A discussão sobre as propinas e se se deve acabar com elas foi um dos destaques do Deus e o Diabo, momento que permitiu lembrar que a petição para limitar os TPC no primeiro e segundo ciclos ainda está a decorrer, já com mais de 9 mil assinaturas. Pode assinar aqui.
Excecionalmente, esta sexta-feira foram atribuídas duas frases da semana. Destaque para a do ex-ministro e ex-chairman da EDP, Eduardo Catroga.
O estado encheu os cofres com a privatização da EDP. O que fez ao dinheiro não sei", afirmou.
A segunda frase é de Paulo Mota Pinto, presidente do Conselho Nacional do PSD, que, segundo José Eduardo Moniz, soa a desrespeito pela função do Parlamento.
Os deputados podem faltar e usar essas faltas", afirmou Mota Pinto.
No capítulo do melhor e pior da semana, títulos para António Costa e Jerónimo de Sousa, respetivamente.