"Alexandra Borges": Zita, a presidente que gere a Câmara como um negócio privado - TVI

"Alexandra Borges": Zita, a presidente que gere a Câmara como um negócio privado

Autarquia de Freixo de Espada à Cinta tem uma dívida 50% superior àquilo que a lei permite. Maria do Céu Quintas diz que não tem dinheiro nem para arranjar estradas, mas faz ajustes diretos ilegais, alugou um carro de luxo em nome da câmara para se deslocar, compra casas de forma indiscriminada em nome do município e promoveu o marido

A Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta está a ser investigada pelo Ministério Público. A gestão da autarca Maria do Céu Quintas, conhecida no concelho por presidente Zita, levanta suspeitas de abuso de poder, de favorecimento e de má gestão de dinheiros públicos.

Entre outros crimes, é suspeita de assinar contratos a favor de familiares e de ter nomeado o marido de forma ilegal.

Esta autarquia do distrito de Bragança é a oitava menos transparente do país e tem uma dívida 50% superior àquilo que a lei permite, para além de demorar praticamente um ano a pagar faturas a fornecedores.

Maria do Céu Quintas garante que não há dinheiro, nem para arranjar estradas, mas faz ajustes diretos ilegais, um deles a um tio do filho, alugou um carro de luxo em nome da câmara para se deslocar, compra casas de forma indiscriminada em nome do município e promoveu o marido, técnico de informática da câmara, a seu adjunto, de forma ilegal.

As suspeitas de favorecimento, de abuso de poder e de má gestão de dinheiros públicos estão a ser investigadas pelo Ministério Público, mas a Inspeção-Geral das Finanças não responde a queixas feitas pelos munícipes, como não respondeu a um pedido de esclarecimento enviado pela TVI.

Em Freixo de Espada à Cinta, os habitantes dizem-se indignados pelo sentimento de impunidade em relação às ações de gestão de Maria do Céu Quintas, de tal forma que até o vice-presidente apresentou a demissão em novembro do ano passado.

Hoje, a presidente Zita governa em minoria, não consegue aprovar as atas das reuniões de câmara, mas insiste em continuar a impor os seus desígnios à população de um dos concelhos menos populosos do continente.

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