A TVI revela uma investigação em que centenas de documentos põem em causa a gestão da presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa. Esta instituição de solidariedade social vive de subsídios do Estado e donativos.
Em causa, poderão estar mapas de deslocações fictícias, a compra de vestidos de alta costura, gastos pessoais em supermercados.
Soubemos ainda que em 2013 foi contratado o atual secretário de estado da Saúde como consultor.
Manuel Delgado sabia que a situação da rarissímas era insustentável do ponto de vista financeiro e que seriam pagos 3000 euros por mês, com os subsídios do próprio Estado, destinados a apoiarem crianças com doenças raras.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
A TVI tentou ouvir o secretário de Estado da Saúde, que se recusou a dar uma entrevista.
Por escrito, Manuel Delgado, esclareceu que a sua função como consultor consistiu numa colaboração técnica na área de organização e serviços de saúde na Casa dos Marcos, nunca tendo participado em decisões de financiamento.
Manuel Delgado não respondeu, no entanto, a três perguntas da TVI que consideramos cruciais:
- Quanto é que recebeu no total?
- Se tinha conhecimento da situação financeira da Rarissímas ?
- E se sabia que o ordenado que recebia, chegou a ser pago com subsídios do estado destinado ao apoio de crianças com doenças raras ?
Tentámos também ouvir Sónia Fertuzinhos sobre a viagem que efetuou pela Rarissímas. A deputada do partido socialista, mulher do ministro Viera da Silva, recusou ser entrevistada.
Entretanto, já este domingo, o Ministério da Segurança Social reagiu à reportagem da TVI, dizendo que vai “avaliar” e agir em conformidade.