O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já sabia de tudo desde o dia 12 de outubro. Sabia das irregularidades nas contas da Raríssimas – denunciadas na reportagem da TVI, emitida no sábado - e de várias demissões suspeitas.
Numa carta enviada pelo ex-tesoureiro da Rarissímas, Jorge Nunes, é mesmo pedida a intervenção do ministro, que se remete ao silêncio.
A primeira reação oficial aconteceu só este domingo, na sequência da reportagem da TVI. O Ministério da Segurança Social diz, em comunicado, que vai “avaliar” os factos relatados e que vai agir “em conformidade”.
Mas já antes o ex-tesoureiro tinha pedido ao Instituto da Segurança Social, uma inspeção profunda à Raríssimas, em carta datada de 9 de agosto.
Perante a falta de resposta , o ex-tesoureiro volta a pedir a 15 de setembro, a intervenção da Segurança Social.
A 21 de setembro, mais uma carta é enviada, mas de nada valeu.
Cartas que caíram em saco roto, tanto da parte do Instituto da Segurança Social, como do ministro Vieira da Silva.