"Alexandra Borges": funcionários e atores também denunciam esquema milionário de falsos castings - TVI

"Alexandra Borges": funcionários e atores também denunciam esquema milionário de falsos castings

Primeiro foram as mães, agora são trabalhadores, ex-trabalhadores e até atores das séries da Netgold. Investigação da TVI encontrou suspeitas de envolvimento do diretor de casting da Plural no esquema milionário

Primeiro foram as mães a denunciar o esquema milionário que enganou centenas de pais e crianças por todo o país. Agora são os funcionários, ex-funcionários e até atores das séries da Netgold, a Influencers e a Shine, a denunciar a burla, a fuga ao fisco e a pressão psicológica.

O esquema começava na rua com uma equipa de scouting. Mário Oliveira pressionava a equipa a angariar contactos atrás de contactos. A abordagem era feita em eventos que atraíam crianças e jovens e até à porta das escolas. Por dia, cada scouter podia fazer 300 contactos.

As telefonistas tinham depois que conseguir convencer os pais a levarem os filhos a um casting, onde passavam todas as crianças e jovens.

O objectivo final era vender books e formações com a promessa de entrada no mundo da moda e da televisão, nomeadamente novelas da TVI. Mário Oliveira garantia trabalhar com a Plural e levava os pais a acreditar que os filhos iam entrar nas novelas da estação de televisão.

Depois de semanas de investigação da TVI e de centenas de emails recebidos, há suspeitas de que o diretor de casting da Plural possa estar envolvido no esquema. Paulo Ferreira deu várias formações, mas garante nunca ter recebido dinheiro dessas mesmas formações. No entanto, há funcionários que garantem que o diretor de casting ganhava 2.500 euros por turma que, num fim de semana, poderia ter três turmas.

As suspeitas levaram a TVI e a Plural a abrir um inquérito interno. Paulo Ferreira foi suspenso de funções.

Recorde aqui a primeira parte da reportagem:

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