Um dos 38 arguidos do ataque a Alcochete saiu da prisão - TVI

Um dos 38 arguidos do ataque a Alcochete saiu da prisão

  • Inês Pereira
  • CM - atualizada às 19:59
  • 9 mai 2019, 11:55

Em prisão preventiva há quase um ano, passou para prisão domiciliária com pulseira eletrónica. Os restantes 37 arguidos vão continuar em prisão preventiva

Um dos 38 arguidos no caso das agressões na Academia do Sporting, em Alcochete, saiu esta quinta-feira da cadeia, sabe a TVI. Em prisão preventiva há quase um ano, passou para prisão domiciliária com pulseira eletrónica. Os restantes 37 arguidos vão continuar em prisão preventiva.

O Ministério Público acredita que o arguido Celso Cordeiro é o homem que aparece nas imagens das câmaras de videovigilância a 15 de maio do ano passado. Ficou em prisão preventiva e foi agora o primeiro a sair da cadeia para ficar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

Tem 30 anos e viu o Tribunal da Relação de Lisboa dar razão ao recurso que contestava a medida de coação aplicada.

O Ministério Público diz também que o nome do arguido aparece nos grupos de Whatsapp que serviu para combinar o ataque à academia.

Em julho, depois de recolher à cadeia, no Montijo, chegou a queixar-se da presença de baratas na cela.

A defesa recorreu da medida de coação para o Tribunal da Relação de Lisboa e o acórdão foi favorável.

Os juízes desembargadores decidiram também esta quinta-feira o recurso de outros três arguidos, que vão continuar em prisão preventiva.

Com a alteração da medida de coação deste arguido, passam a estar em prisão preventiva 37 dos 40 acusados.

A fase de instrução começa já na próxima segunda-feira, com interrogatórios complementares e audição de testemunhas. Celso Cordeiro vai prestar declarações durante a manhã.

O ex-presidente Bruno de Carvalho será ouvido na terça-feira, a partir das 14 horas.

Dia 15 de maio fará um ano desde que o grupo entrou na Academia de Alcochete e agrediu jogadores e equipa técnica.

Os detidos estão acusados de terrorismo, sequestro, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, entre outros crimes.

A maioria dos arguidos requereu a abertura de instrução, mas apenas seis pediram para prestar declarações.

A 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e staff.

O antigo oficial de ligação aos adeptos (OLA) do clube Bruno Jacinto está entre os arguidos presos preventivamente, sendo acusado de autoria moral do ataque, tal como o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da Juventude Leonina Mustafá.

Aos arguidos, que participaram diretamente no ataque, o Ministério Público imputa-lhes a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.

No seguimento do ataque, nove jogadores rescindiram unilateralmente os contratos com o Sporting, e quatro deles, Daniel Podence, Gelson Martins, Ruben Ribeiro e Rafael Leão, mantêm-se em litígio com o clube.

William Carvalho e Rui Patrício acordaram os valores para a sua saída, enquanto Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o clube.

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