A tecnologia foi desenvolvida no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) da universidade no âmbito de um desafio lançado pela Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC). A associação pretende acabar com os acidentes sofridos pela população invisual que resultam, muitas vezes, em consequências graves.
«A bengala desenvolvida na Universidade de Aveiro é, sem qualquer dúvida, uma grande ajuda para as pessoas com deficiência visual porque dá muito mais informação do que as bengalas existentes», explica Victor Graça, presidente da APEC, no site oficial da universidade.
No quotidiano, a população invisual depara-se com inúmeras barreiras: carros estacionados em cima do passeio, buracos, obras não sinalizadas, caixotes do lixo, tudo isto são pequenos detalhes que podem constituir sérias dificuldades e perigos.
Apesar de já existirem produtos semelhantes no estrangeiro, a verdade é que têm um custo que a maioria dos indivíduos não consegue comportar. Assim, os investigadores esperam que a bengala portuguesa, que para já só existe em fase de protótipo, possa ser um produto acessível, com um preço que ronde os 100 euros.
«O custo das que se fabricam no estrangeiro [com funcionalidades similares] são vendidas no nosso país por um valor que as pessoas com deficiência por norma não conseguem pagar de modo nenhum», afirma Victor Graça.