Estudante de 17 anos corrige a NASA - TVI

Estudante de 17 anos corrige a NASA

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  • 24 mar 2017, 15:46
Miles Soloman

Britânico Miles Soloman foi capaz de identificar um erro nos dados da radiação captados pelos sensores da Estação Espacial Internacional

Um estudante britânico de 17 anos entrou em contacto com cientistas da NASA para apontar um erro nos dados da radiação captados pelos sensores da Estação Espacial Internacional. De acordo com a BBC, Miles Soloman olhou para uma folha de cálculo e descobriu que onde devia estar um "0", estava um "-1".

O jovem estudante conseguiu aferir os resultados como parte do projeto TimPix do Institute for Research in Schools (IRIS), que dá aos alunos de todo o Reino Unido a oportunidade de trabalhar em dados da Estação Espacial Internacional, procurando anomalias e padrões que possam ajudar a fazer novas descobertas.

Miles Soloman descobriu que, nos casos de ausência de qualquer tipo de radiação, os sensores na estação espacial registavam valores negativos. Dado que não é possível haver energia negativa, o jovem contactou os membros da NASA para lhes comunicar a falha.

A NASA já tinha identificado esse erro, mas julgava que acontecia pontualmente (uma ou duas vezes por ano) e não por sistema. Soloman percebeu, e informou, que na realidade tal erro ocorria várias vezes por dia.

Ainda soa incrível quando o digo. Enviei um mail à NASA", contou Miles Soloman, numa entrevista à BBC. A agência espacial norte-americana levou o contacto a sério e alertou a Estação Espacial Internacional.

A resposta da NASA incluiu, não apenas um agradecimento, mas também um convite para que Miles Soloman fosse ajudá-los a fazer a análise. Miles é um dos melhores alunos do liceu Tapton School, em Sheffield, Inglaterra, e não esconde o entusiasmo. O jovem disse que o que aconteceu foi uma grande oportunidade e que não esteve nunca a tentar provar que a NASA estava errada.

Não estou a tentar dizer que sou melhor do que eles porque não sou, eles são a NASA! Gostava de trabalhar e aprender com eles”, sublinhou.

Larry Pinksy, um professor da Universidade de Houston disse, em declarações à BBC, que os colegas da NASA achavam que já tinham o problema resolvido. E que "isto demonstra os valores do Projeto TimPix ao trabalhar com uma grande quantidade de dados”.

“Estou certo de que haverá muita coisa que os alunos podem vir a descobrir que os profissionais não têm tempo de procurar", afirmou.

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