Como um oceano em Plutão pode tornar mais plausível a existência de vida extraterrestre - TVI

Como um oceano em Plutão pode tornar mais plausível a existência de vida extraterrestre

  • AG
  • 20 mai 2019, 19:14
Imagens de Plutão captadas pela sonda espacial New Horizons [Fonte: NASA]

Cientistas acreditam que debaixo de uma planície misteriosa de Plutão pode estar um oceano. A existência de massas de água como esta aumenta a probabilidade de haver vida no Universo

Um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience revela que pode haver um oceano líquido por baixo de uma camada de gelo em Plutão. Depois de ser anunciado que o planeta anão tem uma atmosfera sazonal, os cientistas tentaram saber mais sobre a Sputnik Planitia, que sempre foi motivo de muitas interrogações: trata-se de uma planície que poderá ter-se formado devido ao impacto de um asteroide, mas a superfície quase plana indica que será  recente, formada há algumas centenas de milhares de anos. Porém, as margens com visíveis efeitos de erosão sugerem que a Sputnik Planitia terá, afinal, muitos milhões de anos. 

A superfície aparentemente jovem é, para os cientistas, uma pista de que por baixo da superfície poderá haver água. Mas foi também descoberta uma "anomalia" gravitacional que pode explicar-se com o ocenano encoberto: se se tratar de uma cratera antiga que se encheu de água, então esta deveria estar congelada. Mas não está, e o líquido persiste, provavelmente, graças a uma camada de gás, provavelmente metano, que separa o oceano de uma superfície de gelo. 

O autor do artigo científico, o japonês Shunichi Kamata, indica que esta descoberta significa que “existem mais oceanos no universo do que o que pensávamos”, o que torna a existência de vida extraterrestre mais “plausível”, segundo o professor da universidade de Hokkaido.

Recorde-se que Plutão deixou de ser considerado um planeta em 2006, deixando o Sistema Solar com oito planetas. Desde então, Plutão é designado como um planeta anão.

A cientista Anne Verbiscer disse à PBS que esta descoberta representa um marco importante, uma vez que abre perspetivas sobre a existência de oceanos desconhecidos em planetas do Sistema Solar, o que aumenta as probabilidades da existência de vida extraterrestre.
 

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