Eco-escolas abrange mais de dois mil alunos

Dez escolas do concelho de Abrantes, abrangendo mais de dois mil alunos, formalizam esta segunda-feira a adesão ao programa Eco-escolas, em protocolo a assinar com a Câmara Municipal, que visa a educação ambiental e a orientação para a cidadania, refere a Lusa.

O programa é implementado em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa e os temas que servem de base para o trabalho desenvolvido pelos professores e alunos nas Eco-escolas estão relacionados com o ambiente, água, energia, resíduos, biodiversidade, agricultura biológica, espaços exteriores e ruídos e transportes, podendo os estabelecimentos de ensino concorrer ao galardão Bandeira Verde Eco-escolas.

«É uma oportunidade de verem o seu empenho reconhecido pelas boas práticas ambientais», afirmou Céu Albuquerque, vereadora responsável pelas políticas ambientais do município.

Segundo a autarca, a ideia de «convocar a comunidade educativa» para a participação activa no processo visa criar um «maior envolvimento e participação na criação de sinergias locais na perspectiva da implementação da Agenda 21 Local», actualmente em fase de elaboração.

Foi «na sequência de uma candidatura apresentada à Bandeira Azul» para a praia fluvial de Aldeia do Mato, que «tivemos conhecimento do programa e logo surgiu a ideia de apelar a um maior envolvimento da comunidade escolar no sentido de encorajar e sensibilizar para acções de melhoria do desempenho ambiental, para a gestão do espaço escolar e, no fundo, para estimular a cidadania promovendo o hábito de participação».

«A ideia é que cada uma das escolas desenvolva um projecto próprio, que será candidato a uma Bandeira Verde, com princípios que se baseiam na procura da motivação para a mudança de atitudes e adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano», afirmou.

«Apesar dos projectos próprios de cada escola, que resultarão em candidaturas individuais ao galardão, a mais valia destes projecto é serem integrados em rede, uma vez que todas as escolas e alunos participantes vão estar a par do evoluir das várias ideias, dos vários projectos», sublinhou a responsável.

Segundo afirmou, «a proposta do município, em jeito de desafio, foi muito bem aceite por todos os agentes educativos e é com o objectivo de promover o conceito inspirado na Agenda 21 Local que hoje se assina este protocolo, através do qual é assumida a atribuição de um subsídio de 150 euros/ano por escola, com vista à prossecução deste projecto».

Com o objectivo da sensibilização ambiental, alunos e professores irão realizar ao longo do ano lectivo diversas actividades relacionadas com os temas Eco-escolas, como a constituição de brigadas para o controlo dos desperdícios energéticos e de água, aproveitamento das águas pluviais para limpeza da escola, incremento de acções de reciclagem e implementação de acções de mobilidade sustentável, entre outros.

Céu Albuquerque afirmou que as escolas participarão em diversos concursos, nomeadamente na construção de modelos que funcionem com recurso às energias renováveis, adiantando que a Escola Secundária Solano de Abreu «irá construir carros movidos a energia solar».