O mundo encantado dos sabonetes - TVI

O mundo encantado dos sabonetes

São famosos, perfumados e fashion. As estrelas confirmam e divulgam

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Prepare-se para entrar no mundo encantado e perfumado dos sabonetes. Na Ach Brito, no Mindelo, Vila do Conde, fabricam-se os sabonetes mais famosos e mais fashion do mundo. Os sabonetes que são verdadeiras estrelas de Hollywood. O nome? Claus Porto. O método? Tradicional e manual. A meta? O mundo.

A qualidade do produto tem falado por si, as coloridas embalagens retro conferem-lhe sofisticação, e, sem investir em publicidade e em marketing, figuras públicas com Oprah Winfrey, Nicolas Cage e Kate Moss têm ajudado a Ach Brito a colocar os produtos Claus Porto na moda. Hoje pode encontrá-los nos armazéns Harrods, em Londres, nas Galerias Lafayette, em Paris, e na SAKS na 5ª Avenida, em Nova Iorque.

Do Harrods à 5ª Avenida

«A nossa estratégia tem sido entrar pela porta grande. E isso significa estar nas lojas de referência, lojas gourmet, de moda e de prestígio», explica à Agência Financeira o director-geral da Ach Brito, José Fernandes. «A ideia tinha de ser: estar lá, posicionar a marca por cima. A forma de chegarmos onde queríamos, era estar nas melhores lojas. Foi o que fizemos, com algum sucesso».

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Tudo começou há 122 anos, quando Ferdinand Claus e Georges Schweder abriram uma fábrica de sabonetes no Porto a que deram o nome Claus & Schweder.

Em 1918, Achilles de Brito comprou a empresa e deu-lhe um novo nome: Ach Brito. Mas manteve a marca Claus Porto. Há pouco mais de dez anos, uma parceria com um advogado norte-americano, que se encantou com um sabonete Musgo Real que encontrou numa mercearia de New Jersey, fez renascer esta marca.

«Marcou-o de tal forma que se meteu num avião e veio até Portugal», conta José Fernandes. «Fez algumas propostas aos donos da Ach Brito e mudou de vida. Fundou a Lafco, e dedicou-se à venda de sabonetes nos EUA. E foi um sucesso. Um sucesso de vendas. Cresceu brutalmente». A Claus Porto nunca tinha deixado de existir, mas estava muito descaracterizada. Este parceiro norte-americano «teve o benefício de ajudar a reposicionar e a dar valor à marca», sublinha o director-geral da empresa.

Exportações para 40 países

Actualmente, a Ach Brito exporta para 40 países, principalmente para os EUA e para a Europa. Continua a ser uma empresa pequena, mas com perspectivas de crescimento para 2009. Em contra-ciclo, adquiriu em Dezembro de 2008 a principal concorrente, a Confiança e, em Janeiro deste ano, as duas empresas cresceram cerca de dez por cento.

«Acreditamos que temos capacidade para conduzir e desenvolver as duas marcas e criar aqui uma mais-valia», sublinha José Fernandes. Acima de tudo, acrescenta, «nestes momentos, há que ter coragem para enfrentar as coisas de cara. Não vale a pena enfiar a cabeça na areia como a avestruz».

A crise sente-se no mass market e nos mercados internacionais, «não se consegue contornar», mas, explica o director-geral da Ach Brito, «sem a desvalorizar, é possível combatê-la. E isso consegue-se não fechando empresas, tentando mantê-las a laborar, procurar novos mercados».

Ach Brito exporta 50 por cento do que produz

Há dez anos a Ach Brito exportava dez por cento do que produzia. Hoje exporta 50 por cento, do que produz, as linhas da Claus Porto e Ach Brito. Em 2009, a empresa quer apostar fortemente na exportação, até para «contrariar o pessimismo de alguns». Para isso apostam na grande qualidade dos produtos, no packaging e naquilo que os produtos transmitem: «Um amor que só quem os usa é que sente».

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