Polícia não acreditou que tinha um BMW e internou-a num hospício - TVI

Polícia não acreditou que tinha um BMW e internou-a num hospício

Wall Street (Reuters)

Mulher está a processar a cidade de Nova Iorque depois de ter passado oito dias num hospital psiquiátrico

Uma mulher está a processar a cidade de Nova Iorque alegando que foi forçada a passar oito dias num hospital psiquiátrico porque a polícia não acreditou que era proprietária de um BMW.

Tal como não acreditou que era bancária e que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, era seu seguidor na rede social Twitter. Tudo, acrescente-se, verdade.
 
Kamilah Brock, de 32 anos, contou à imprensa que estava parada num sinal vermelho em Harlem quando foi abordada pela polícia, que lhe perguntou por que não tinha as mãos no volante. A mulher disse que estava a dançar porque estava parada no semáforo e foi então que a mandaram sair do carro.
 
Acabou por ser levada para a esquadra, onde permaneceu várias horas antes de ser libertada sem qualquer acusação. Mas o pior ainda estava para vir, segundo o seu relato.
 
Quando no dia seguinte regressou à esquadra para levantar o carro, um BMW, a polícia chamou… uma ambulância.
 
“Senti que olharam para mim como se estivesse a mentir. Disseram-me que tinham de algemar-me para me levar ao carro e eu concordei porque só queria sair dali com o meu carro. Depois, chegou o EMS [INEM em Portugal] a dizer que me ia levar até ao carro. E eu pensei: numa ambulância? Vou buscar o meu carro de ambulância? Fiquei muito confusa com aquela situação”, contou a mulher à PIX11.
 
Foi depois levada para o hospital psiquiátrico de Harlem, onde alega ter sido forçada a tomar lítio e a submeter-se a sedativos injetáveis.
 
Durante os oito dias em que esteve internada, a mulher terá também sido forçada a admitir que não tinha nenhum BMW, que não era bancária e que o presidente Barack Obama não a seguia no Twitter.
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