«O larápio olhou-se ao espelho: cansado, de barba por fazer e na ânsia por um pouco de nicotina, decidiu renovar o seu suplemento numa loja na esquina».
O excerto parece-se com literatura, mas é, na verdade, o relato de um roubo descrito por um polícia «erudito» nos autos de ocorrência, noticia o site G1 da Globo.
Os relatórios elaborados por Ilka Ivari, «o polícia poeta», chamaram a atenção das autoridades de Hameenlinna, no sul da Finlândia. Foi advertido pelo Ministério do Interior, mas diz que vai continuar a seguir a sua vocação literária.
«Posso preservar o meu estilo, desde que não misture factos com ficção», diz Ivari.
O porta-voz da polícia não vê problemas. «A polícia pode registar factos até mesmo em versos, desde que respeitem o regulamento», afirma Marko Luotonen.
Ilka Ivari é estudante de redacção na universidade local e diz que até agora só recebeu elogios.
Polícia escreve poesia nos relatórios de ocorrências
- Redação
- 14 abr 2008, 13:47
Parece literatura, mas não é. Ministério do Interior avisou agente, mas polícia não desarma e quer continuar a sua vocação
Continue a ler esta notícia