Companhia aérea não deixou hamster viajar e dona deitou-o à sanita - TVI

Companhia aérea não deixou hamster viajar e dona deitou-o à sanita

  • AM
  • 9 fev 2018, 18:30
Belen Aldecosea

Belen Aldecosea garante que confirmou que podia viajar com o animal, mas quando chegou à porta de embarque tal não foi possível. Peebles, um pequeno hamster, acabou dentro da sanita

Tudo aconteceu em novembro passado. Belen Aldecosea, de 21 anos, estudante na Universidade do Texas, preparava-se para viajar do aeroporto internacional Baltimore/Washington para o sul da Flórida. Mas, como não ia sozinha, telefonou para a companhia aérea, a Spirit Airlines, para se certificar que o seu apoio emocional - o hamster Peebles - podia viajar consigo.

Segundo o USA Today, a companhia aérea ter-lhe-à garantido, nas duas chamadas que recebeu, que sim, o animal podia acompanhar a dona na viagem. Mas, na altura de embarcar não foi isso que aconteceu.

A jovem chegou ao aeroporto e confirmou com a companhia, mostrando o certificado médico de que se tratava de um animal de suporto emocional, que o hamster podia viajar. Dirigiu-se então à segurança onde um segundo funcionário lhe disse que o avião podia embarcar.

Belen Aldecosea, que viajava para remover um tumor no pescoço - a razão para ter o hamster com ela -, viu-se então barrada à porta do avião sem ter como entregar Peebles a ninguém de confiança. A companhia aérea ainda mudou a jovem do voo das 10:00 para as 19:00, para que esta tivesse tempo para resolver a situação, mas não conseguiu alugar nenhum carro e chegar de transportes ao local onde podia deixar o animal levaria dias.

Quando nada mais podia fazer, a jovem falou com uma empregada a companhia que, segundo contou ao jornal Miami Herald, lhe disse para deitar o hamster na sanita. Como considerou que seria desumano deixar Pebbles ao frio no aeroporto, Belen Aldecosea decidiu deitá-lo à sanita.

"Ele estava tão assustado. Eu estava tão assustada. Foi horrível tentar pô-lo na sanita. Fiquei 10 minutos a chorar na casa de banho. Achei melhor acabar com a vida dele ali do que deixá-lo à solta para acabar atropelado por um carro”, contou a jovem.

A companhia diz que um empregado informou de forma incorreta que o hamster podia viajar, mas nega veementemente que algum empregado lhe tenha dito para matar o animal.

"Depois de investigar o incidente, podemos dizer que em momento algum um dos nossos funcionários sugeriu a esta passageira atirar o animal pela sanita ou magoá-lo de qualquer outra forma. É incrivelmente desanimador saber que esta passageira decidiu acabar com a vida do próprio animal de estimação”, afirmou um porta-voz da companhia aérea.

 

O advogado da jovem contou ainda ao USA Today que Belen Aldecosea estava a viver uma situação complicada a nível de saúde e que, apesar de não haver nenhuma prova física de que um empregado lhe disse para matar o animal, acredita na sua cliente.

"É difícil, mas temos mesmo de olhar para as circunstâncias porque tudo isto só faz sentido com alguém a dizer-lhe para matar o animal", afirmou.

Entretanto, a jovem já tem um novo hamster e o advogado está a verificar as possibilidades de processar a companhia.

O caso só agora foi conhecido depois de uma passageira ter sido impedida de viajar com um pavão.

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