Vários youtubers internacionais receberam uma proposta de patrocínio de uma agência de marketing, chamada Fazze, para partilharem com os seus seguidores informação falsa sobre as vacinas covid-19.
O email enviado pela empresa alegava, falsamente, que a taxa de mortalidade entre as pessoas que tinham a vacina Pfizer era quase três vezes superior à da vacina AstraZeneca.
Um dos influenciadores digitais, Mirko Drotschmann, com mais de 1,5 milhões de seguidores no YouTube, percebeu rapidamente que a proposta não apresentava dados verdadeiros.
Tudo começou com um email. Fiquei chocado com o que li e curioso por saber quem estava por trás disso", relatou Mirk, citado pela BBC.
Em França, o youtuber Léo Grasset recebeu uma proposta semelhante. A empresa oferecia 2 mil euros, para ele partilhar vários links com notícias falsas, sem revelar que o vídeo estava a ser patrocinado.
O anonimato foi logo um grande alerta", expressou Léo Grasset.
Apesar de Mirko e Léo terem percebido o estratagema da Fazze, houve outros youtubers que aceitaram a proposta. Os influencers Ashkar Techy e Everson Zoio publicaram um vídeo, em que divulgavam as informações falsas e partilhavam os tais links.
Com a existência de vários criadores de conteúdo no Tiktok e YouTube, as plataformas estão perfeitamente construídas para a desinformação se espalhar", afirmou o youtuber francês.
Mirko e Léo decidiram então expor a campanha da Fazze na rede social Twitter e tiveram repercussões imediatas. Todos os artigos da empresa desapareceram da internet.