Para pôr em prática a ideia, a galeria encomendou uma réplica de uma pintura a óleo e cujo nome só será divulgado em abril.
A pintura será exposta entre as restantes obras da coleção permanente da galeria londrina – que tem 270 quadros, incluindo obras de Rembrandt, e os visitantes têm três meses para tentar descobrir a diferença.
A cópia, com um custo de aproximadamente cem euros, foi encomendada a um estúdio chinês e, para Fishbone, uma réplica chinesa num museu ocidental parece «interessante».
«No Ocidente as réplicas são vistas com algo problemático, falso. Na China, a noção de copiar peças culturais é vista de forma totalmente diferente»
A escolha da China para realizar a imitação deve-se ao facto de a região sul do país ser «líder» na reprodução de obras de arte. Exemplo disso são os estúdios da cidade de Dafen que, de acordo com a BBC, produzem e exportam cinco milhões de réplicas anualmente.
Para Ian Dejardin, diretor da Dulwich Picture Gallery, este movimento vai levar o público a olhar uma obra de arte de outra maneira e um porta-voz da galeria explicou que não existe o risco de desvalorização das obras de arte originais.
«Há uma longa tradição de reprodução de obras famosas. Grandes mestres, por exemplo, encorajavam cópias dos seus trabalhos pelos seus discípulos»