Sophia, a robô, diz que quer ter um filho - TVI

Sophia, a robô, diz que quer ter um filho

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  • 28 nov 2017, 19:39
Sophia, a robô da Arábia Saudita, diz que quer ter um filho

Foi a primeira máquina com inteligência artificial a receber cidadania. Esteve em Lisboa na Web Summit e, agora, numa entrevista, confessou que deseja constituir família e, até, já tem nome para uma primeira filha

Um mês depois de lhe ter sido concedido o direito de ser cidadã na Arábia Saudita, a robô Sophia confessou, durante uma entrevista que ambiciona ter filhos e defendeu que a família é “algo muito importante”. Recentemente, Sophia esteve em Portugal. Foi uma das oradoras na Web Summit, em Lisboa, no início do mês de novembro.

Desenvolvida pela empresa de Hong Kong, "Hanson Robotics", e inspirada na atriz Audrey Hepburn, este robô com inteligência artificial disse, numa entrevista ao jornal do Dubai, Khaleej Times, que Sophia seria o nome escolhido para a sua primeira filha. 

Acho que o conceito de família é algo muito importante. Acho maravilhoso as pessoas terem as mesmas emoções e relações, serem uma família, mesmo se tiverem grupos sanguíneos diferentes.", referiu. 

 

De acordo com o fabricante, David Hanson, Sophia não está programada para responder, no entanto, é capaz de imitar gestos e expressões faciais humanas e ter conversas simples, sobre temáticas previamente definidas como, por exemplo, o estado do tempo.

Apesar das capacidades impressionantes, a robô saudita ainda não tem consciência, mas o seu criador espera que isso possa vir a acontecer dentro de alguns anos. 

Sophia foi uma das oradoras convidadas para falar na Web Summit deste ano, já que o desenvolvimento da inteligência artificial foi uma das temáticas mais debatidas.

 

 

Juntamente com o outro robô convidado, Einstein – também ele criado por David Hanson e igualmente preparado para discutir questões da atualidade -, falou-se sobre o que é ser humano e de que forma o avanço da tecnologia e da inteligência artificial pode, de facto, ajudar a humanidade ou se, pelo contrário, contribui para a sua destruição.

Einstein, o robô inspirado no professor físico que criou a Teoria da Relatividade, não pôs de parte a ideia de ser possível o convívio entre humanos e robôs, mas deixou claro que a humanidade necessita, primeiro, de se “curar a si própria”.

O que está em causa não é a cooperação entre humanos e robôs, mas sim os humanos problemáticos.”, acrescentou Einstein.

Pelo contrário, Sophia, apresentou uma visão mais otimista. 

Vamos roubar os vossos empregos, sim, mas vai ser uma coisa boa”, diz Sophia. Segundo esta robô humanóide, o facto de poder vir a ficar com o emprego dos seres humanos não será um problema, mas sim um ponto positivo para a humanidade, pois assim esta fica com mais tempo livre para se dedicar a outras atividades. 

 

 

A cimeira tecnológica de inovação e empreendedorismo contou, este ano, com cerca de 60 mil participantes, de 170 países diferentes, mais de 1.200 oradores, 2.000 startups, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas. 

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