"Pato mais solitário do mundo" morre vítima de ataque de cães - TVI

"Pato mais solitário do mundo" morre vítima de ataque de cães

  • CDC
  • 8 abr 2008, 10:16

Trevor, o único pato-real da ilha de Niue, no oceano Pacífico, foi encontrado morto no meio de um mato

Trevor era o único pato da sua espécie a viver na ilha de Niue, no Pacífico. Tornou-se uma celebridade local, e era frequentemente cuidado e alimentado por quem o via. O pequeno animal acabou por morrer, na última semana, vítima de um ataque de cães.

Nunca se soube como chegou à ilha, mas tudo indica que terá sido no início de 2018. Era o único da sua espécie a viver em Niue, por isso era visto como sendo o pato mais solitário do mundo.

Ele apareceu em Niue em janeiro do ano passado, depois de uma grande tempestade, pelo que achamos que ele voou ou foi arrastado até aqui. Assumimos que ele veio da Nova Zelândia, mas também poderá ter vindo de Tonga, ou qualquer outra ilha do Pacífico”, afirmou à BBC Rae Findlay, responsável pela página de Facebook propositadamente criada para Trevor.

Durante a sua curta vida, o pato viveu num pequeno charco, cujo nível de água era constantemente monitorizado pelos locais e até pela brigada florestal da ilha, que desde sempre garantiram o seu bem estar. "Não há rios, pântanos ou lagos por aqui, por isso o Trevor escolheu viver num charco”. "Ele voava pela ilha regularmente e adorava as guloseimas que lhe ofereciam. Davam-lhe ervilhas, milho e flocos de aveia”.

Trevor é um pato-real (mallard, em inglês). O seu nome foi inspirado num político local neozelandês, Trevor Mallard, e acabou por ser usado por todos os que o visitavam.

Um grupo de locais ainda tentou arranjar um companheiro para Trevor, mas a sua pequena casa só era suficiente para um morador.  No entanto, tornou-se amigo de um galo, uma galinha e de um weka, um pássaro nativo de Niue.

Um ano depois de andar sempre com um saco de flocos de aveia no carro, vou ter saudades de parar no caminho para o trabalho, para alimentar o Trevor. Ele arrebatou muitos corações e a sua falta vai certamente ser sentida”, concluiu Findlay.

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