Rami diz que Luís Campos foi fundamental para ele assinar com o Boavista - TVI

Rami diz que Luís Campos foi fundamental para ele assinar com o Boavista

Rami

«Ele sabe falar com os jogadores e preciso de pessoas assim para ser bom em campo», revelou

Adil Rami esteve perto de terminar a carreira antes de reforçar o Boavista. Foi o próprio quem o revelou. «Este ano foi complicado com o coronavírus. Depois do Fenerbahçe, fui para a Rússia, gosto de descobrir novos países, novos campeonatos. Mas quando cheguei lá, ficamos confinados. Eles recusaram-se a pagar-me sob o pretexto da covid e de que eu não fiz nenhum jogo. Mas não tenho culpa», começou por contar.

«Naquele momento, disse a mim mesmo que ia largar o futebol. Estava farto, não jogava... Há muito, muita gente me queria meter no fundo. Treinei com um preparador físico no verão, mas sem convicção. Disse-lhe: 'Treino contigo todas as manhãs enquanto os meus amigos estão a divertir-se'. Às vezes fazíamos duas sessões por dia. Dizia para o Benjamin Fall [jogador de rugby]: 'Estão todos a apanhar sol, há biquínis por toda a parte e eu venho treinar quando não quero mais jogar futebol!'», adiantou o jogador do Boavista ao Le Provence.

Uma conversa com Luís Campos, porém, mudou tudo. O diretor desportivo do Lille, e um dos impulsionadores do projeto do Boavista, foi o fator decisivo para o defesa francês rejeitar um emblema italiano e rumar a Portugal.

«Com o passar do tempo, senti-me cada vez melhor. Comecei a ganhar músculos e voltei um dia com o desejo de continuar. Ligaram-me de todos os lugares. O Reggina [Itália] teve um belo discurso. Disse-lhes que se eu fosse, era mesmo para subir à primeira divisão. Eu tinha que fazer um teste de cardio para ver se estava fisicamente bem. Então, pedi-lhes tempo», lembrou.

«Entretanto, o Boavista ligou-me. O discurso foi mais suave, deram-me tempo para trabalhar. Além disso, o projeto deles está vinculado ao Luís Campos, por quem eu tenho um apreço enorme. Preciso de pessoas assim para ser bom em campo. Ele sabe como falar com os jogadores, através do discurso, da sua abordagem.»

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