Grécia: reunião termina sem acordo global - TVI

Grécia: reunião termina sem acordo global

Líderes partidários concordam em todos os pontos do novo pacote de assistência financeira, excepto num: o corte nas reformas

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A reunião dos chefes dos partidos da coligação governamental grego foi interrompida esta quarta-feira à noite ao fim de oito horas, sem acordo político global sobre as medidas de austeridade propostas pelos credores do país.

Pouco tempo antes do fim da reunião, o líder do partido de extrema-direita na coligação, George Karatzaferis, tinha abandonado o encontro que decorreu no gabinete do primeiro-ministro Lucas Papademos. LAOS, o partido de extrema-direita, é um dos três que faz a coligação governamental.

O encontro dividiu-se em dois blocos de quatro horas: o primeiro entre o Governo e os partidos e o segundo entre a troika, o primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o ministro do Trabalho.

Segundo a agência Reuters, os líderes partidários acordaram em todos os pontos do novo programa de assistência, excepto num: o corte no valor das pensões.

O comunicado emitido pelo primeiro-ministro esta noite não esclareceu oficialmente qual o ponto da discórdia, mas garantiu que as negociações irão continuar de forma a que a que se chegue a um acordo ainda antes da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, marcada para esta quinta-feira, em Bruxelas.

O ministro das Finanças vai estar presente no encontro, com a «esperança» de uma «decisão positiva» sobre a nova ajuda ao país. Evangelos Venizelos apelou à «responsabilidade» de todos os negociadores.

«Disso depende a permanência do país na Zona Euro e a identidade europeia» da Grécia. «É tempo de todos assumirem as suas responsabilidades. Não há lugar para outras considerações».

Ao que a imprensa estrangeira está a avançar, terá sido a redução do valor das pensões que levou a que a reunião terminasse sem um acordo global e sem o cumprimento de uma das condições impostas pela troika para que a Grécia receba o próximo programa de assistência.

Segundo um esboço do documento final, a que a Bloomberg teve acesso, as notícias dos últimos dias sobre as exigências feitas pela troika estavam certas: no acordo está um corte de 20% no salário mínimo, uma redução de 15 mil funcionários públicos, só este ano, e de 1,5% do PIB no sector da Saúde.
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