O selecionador Joachim Löw negou que tenha havido racismo na seleção ou federação alemã como afirmou Mesut Özil quando anunciou que não voltaria a jogar com a camisola da Mannschaft.
«As alegações dele são exageradas. Na minha equipa, desde que estou aqui, nunca houve sequer o mínimo de racismo», afirmou o selecionador em conferência de imprensa, quando anunciou os convocados para o próximo encontro.
«Os jogadores com historial de imigração sempre gostaram de estar connosco, nada mudou», garantiu Löw, que explicou que tentou, sem sucesso, falar com Özil sobre o tema.
«Falei com o empresário, que me disse qual era a decisão dele. O jogador não falou diretamente comigo, o que normalmente eles costumavam fazer. Mesut ainda não me ligou. tentei várias vezes contactá-lo por SMS e telefone, mas sem sucesso. Ele fez a sua escolha e eu tenho que aceitar isso», frisou.
Na carta que escreveu para anunciar a retirada da seleção, Özil garantiu que o líder federativo, Reinhard Grindel, queria afastá-lo da seleção após a polémica foto com o presidente turco, Recep Erdogan, mas que o selecionador Joachim Löw e o diretor Oliver Bierhoff o defenderam.
«Eu só queria preparar o melhor possível o Mundial. Este tema custou-nos energia porque estava sempre presente», afirmou agora o selecionador, dizendo, contudo, que «isso não é desculpa para a prestação» da seleção alemã na prova. «Não foi essa a razão».
Löw admite que «o Mundial foi um fracasso absoluto». «Jogámos abaixo do potencial. O meu grande erro foi pensar que com o nosso estilo de jogo, com o domínio da posse de bola, poderíamos passar a primeira fase. Fui quase arrogante».