30 nomes, 30 figurantes no filme de um monstro  - TVI

30 nomes, 30 figurantes no filme de um monstro

Eusébio e Ronaldo [Reuters]

As personagens mais influentes no trajeto profissional

22 anos se passaram desde a primeira temporada de Cristiano Ronaldo no futebol federado. Neste percurso riquíssimo, em todos os aspetos, muitos foram os que se cruzaram com a carreira do português. O Maisfutebol selecionou 30 personagens que, por um ou outro motivo, marcaram o trajeto profissional do nosso aniversariante. Conscientes que muitos outros podiam estar nesta lista, arrancamos com Jorge Mendes e fechamos em Paulo Bento. Eusébio, Alfredo Di Stéfano e Dinis Aveiro são convidados especialíssimos. Parabéns Cristiano!

1. Jorge Mendes: o super-agente, figura omnipresente na vida do futebolista, não só nos momentos profissionais. A sombra protetora de Ronaldo, de Alvalade a Old Trafford, de Manchester a Madrid. «Vai acabar a carreira no Real Madrid».

2. Dinis Aveiro: Ronaldo não esquece por um segundo o falecido pai. Na infância, Dinis passava os jogos do filho a gritar indicações e incentivos da bancada. Soube da sua morte na véspera de um jogo da seleção na Rússia, em 2005. Portugal empatou, Cristiano jogou 90 minutos.   

3. Francisco Afonso: o primeiro treinador de Cristiano Ronaldo no futebol federado. «Queria jogar à bola 24 horas por dia. Ficava terrível quando perdia», recordou ao Maisfutebol.

4. Aurélio Pereira: chefe do departamento de formação do Sporting quando Ronaldo chega aos leões. Tutor, conselheiro, protetor até. «Ao segundo dia dele a treinar decidimos que tinha de ficar. Estava destinado a ser grande».

5. Fábio Ferreira: o companheiro mais próximo de Ronaldo nos primeiros anos na Academia. Algarvio, de Monte Gordo, muito talentoso, confidente dos medos do amigo. Deixou de jogar em 2008, ao serviço do Lusitano Vila Real de Santo António.

6. Miguel Paixão: conheceu Cristiano Ronaldo aos 15 anos e dividiram o quarto 34 na Residencial Dom José, enquanto jogavam na formação do Sporting. Mantêm uma amizade forte e próxima. Miguel joga atualmente no Oriental, da II Liga.

7. Laszlo Boloni: o treinador responsável pelo lançamento de Ronaldo na equipa principal do Sporting. A 14 de agosto de 2002, numa pré-eliminatória da Champions, o romeno tirou Toñito e lanou o menino madeirense. Faltavam 32 minutos para o fim, Cristiano tinha 17 anos e seis meses.

8. Toñito: médio espanhol, pequenino e raçudo, contratado pelo Sporting ao Santa Clara em 2002. Saiu para dar lugar a Cristiano Ronaldo no tal jogo contra o Inter Milão e fez a assistência para o primeiro golo de CR7, semanas depois. Deixou de jogar em 2009, no AEK Larnaca (Chipre).

9. João Ricardo: o internacional angolano teve o privilégio de sofrer o primeiro golo de Cristiano Ronaldo na I Divisão.  João Ricardo defendia a baliza do Moreirense naquela tarde de 7 de outubro de 2002, um episódio recordado ao Maisfutebol pelo seu suplente nesse jogo histórico, Roberto Tigrão.

10. Alex Ferguson: treinador de Ronaldo entre 2003 e 2009 no Manchester United. Domou os excessos do avançado, incutiu-lhe ordem e respeito pelo jogo, fez dele maior e melhor. «Foi o atleta mais evoluído que treinei durante toda a vida», escreveu na sua autobiografia.

11. David Beckham:
partiu no verão de 2003 para Madrid e deixou a camisola 7 do ManUtd sem dono. Mas só até à chegada de Ronaldo. O português até pediu o número 28 a Ferguson, só que o escocês procurava desesperadamente um herdeiro para Cantona e o Spice Boy. Acertou.

12. Carlos Queiroz: braço direito de Ferguson durante grande parte da permanência de Ronaldo no Manchester United e selecionador português de 2007 até pouco depois do Mundial 2010. Nesta segunda relação não saiu propriamente mais próximo do avançado. «Perguntem ao Carlos», lembram-se?

13. Rio Ferdinand: dono e senhor do balneário do ManUtd, conta na autobiografia um episódio curioso sobre Ronaldo. «Não jogou de início e ficou em lágrimas. Disse-lhe para parar, parecia um bebé». Esteve até 2014 em Old Trafford e veste agora a camisola do QPR. «Tornou-se um espécime perfeito».

14. Nicky Butt: 16 de agosto de 2003, o ManUtd recebe e goleia o Bolton por 4-0. A notícia é esta: aos 61 minutos, Sir Alex troca o médio inglês por Cristiano Ronaldo. É a estreia oficial do avançado português pelos red devils. Butt saiu do United em 2004 e acabou a carreira em 2011, na Ásia.

Cristiano Ronaldo «ganhou» um penálti na estreia (1m25s):
 



15. Ryan Giggs: modelo de virtudes, executante prodigioso, um dos mentores de Ronaldo nos anos em Manchester. «Ronaldo merece tudo o que atingiu, é o melhor futebolista que já vi», disse em 2013 o eterno galês.

16. Lionel Messi: a némesis de Ronaldo em todo este filme. Discute, anos após ano, a regência do futebol mundial com o astro português. Quem é, afinal, melhor? Uma pergunta tantas vezes sem resposta. Dados mais recentes sugerem uma aproximação entre ambos. Será?

17. José Mourinho: treinador do compatriota de 2010 a 2013 no Real Madrid. A relação acabou mal, tempestuosa. Mourinho chegou a dizer que Ronaldo «pensa que sabe tudo». Antes da separação, Mourinho e Ronaldo viveram momentos únicos, principalmente durante o título nacional conquistado em 2011/12.

18. Eusébio: Ronaldo não se esqueceu do Pantera Negra no momento da consagração em janeiro de 2014. Recebeu a Bola de Ouro e dedicou-a a Eusébio, homem sempre próximo até ao fim. Dedicou-lhe também dois golos. Esteve, por exemplo, com Ronaldo na noite da apresentação oficial como jogador do Real Madrid.

19. Shaka Hislop: o primeiro golo de Ronaldo no United foi marcado ao Portsmouth. Na baliza dos «Pompeys» estava o excêntrico Hislop, internacional por Trindade e Tobago. Foi a 1 de novembro de 2003, ao nono jogo oficial de Cristiano no Manchester. Ronaldo marcou de livre e as comparações com Beckham chegaram de pronto. 

20. Angelos Charisteas: o grego deixou Ronaldo de lágrimas a correr pelas faces abaixo na final do Euro2004. Portugal perdeu contra os helénicos, Cristiano sofreu em público. Charisteas tem 34 anos e retirou-se do futebol há alguns meses, no Sydney Olympic (Austrália).



21. Fernando Santos: o reencontro teve lugar na Seleção Nacional, em outubro de 2014, 12 anos depois de Santos ter visto Ronaldo a destroçar o ManUtd, num amigável em Alvalade. O menino partiu para Inglaterra e o técnico teve de esperar mais de uma década para o voltar a treinar. «Com Fernando Santos vamos melhorar», reagiu Ronaldo.

22. Nani: chegou em 2007 ao ManUtd e foi o delfim de Ronaldo até 2009. Com a saída do compatriota para Real, Nani foi perseguido por comparações constantes, até ser emprestado ao Sporting no verão de 2014. Durante alguns anos foram inseparáveis, mas rivais no ténis de mesa

23. Alfredo Di Stéfano: morreu a 7 de julho de 2004 e Ronaldo fez questão de homenageá-lo publicamente. «As lendas nunca morrem, descanse em paz Maestro». O saeta rubia tinha 88 anos e dera em 2012 uma entrevista ao Maisfutebol. «Ronaldo? Extraordinário como sempre».

24. Florentino Perez: presidente do Real Madrid, principal responsável pela milionária contratação de Cristiano Ronaldo, fã confesso do futebolista português. «Cristiano tem de acabar a carreira no Real Madrid. A minha relação com ele é perfeita».

25. Manuel Pellegrini: o primeiro treinador de Cristiano Ronaldo no Real Madrid. Com o chileno, o clube não conquistou nenhum troféu. Ronaldo marcou 33 golos em 35 jogos nessa temporada de 2009/10.  

26. Pepe/Coentrão: os colegas mais próximos de Ronaldo no Real Madrid e na Seleção Nacional. Pepe está desde 2007 no Real, Fábio juntou-se aos dois compatriotas em 2011. 

27. Luís Figo: a 20 de agosto de 2003, Portugal venceu o Cazaquistão em Chaves (1-0, golo de Simão) e Ronaldo entrou ao intervalo para a posição de Figo. Foi o primeiro de 118 jogos já feitos pela seleção. Nesse amigável, Scolari lançou outro estreante: Bruno Vale. Declarações recentes de Figo esfriaram a relação. O candidato à FIFA tratava Cristiano por «ferinha». 

A estreia de Cristiano Ronaldo pela Seleção Nacional:



28. Carlo Ancelotti: o atual treinador do Real Madrid é um admirador de Cristiano Ronaldo e tem repetido publicamente os elogios ao avançado português. «Ele é o meu número um!»

29. Luiz Felipe Scolari: o brasileiro lançou Cristiano Ronaldo na Seleção Nacional e não abdicou do seu talento até sair para o Chelsea, em 2008. «Todos têm inveja dele porque é grande e bonito». Felipão, sempre bem humorado.

30. Paulo Bento: Ronaldo negou qualquer influência na saída do anterior selecionador nacional. Durante o reinado de Bento, a relação entre ambos, pelo menos publicamente, pareceu sempre harmoniosa. «Adorei trabalhar com ele», afirmou, mais tarde, o atacante. Amigos como dantes?
 
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