Países pobres conseguem Fundo de Ajuda na conferência de Poznan - TVI

Países pobres conseguem Fundo de Ajuda na conferência de Poznan

Amazónia

Conversações sobre alterações climáticas registam evolução no último dia

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A conferência das Nações Unidas (ONU) sobre alterações climáticas que decorre em Poznan até esta sexta-feira registou alguma evolução no último dia com a atribuição aos países pobres de um fundo que os ajude a ultrapassar problemas climatéricos de solução urgente como as inundações, as secas e a subida no nível do mar.

Em declaração à agência Reuters, o presidente da direcção do Fundo de Adaptação, Richard Muyungi, declarou-se «muito contente» pela evolução no principal ponto de impasse, pois, os países pobres estão quase a ter confirmado agora o acesso directo ao dinheiro do fundo, que pode chegar aos 300 milhões de dólares por ano (cerca de 228 milhões de euros) em 2012.

Em Poznan discursou também hoje o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, e o governante português referiu ser este o tempo de «apressar o passo e entrar no modo de negociações em 2009». No seu discurso na conferência, que o blog da Quercus publica, Nunes Correia frisa que «nada mais é esperado quando se deixar Poznan».

É um incentivo, mas é também um reflexo do muito que foi esta conferência nos avanços para a cimeira de Copenhaga no ano que vem. Os temas difíceis como os cortes nos níveis de emissão de gases com efeito de estufa ficaram adiados para 2009.

«Yes we can!»

Mas a confiança mantém-se, como ficou demonstrado por Al Gore, que mereceu o maior aplauso da conferência segundo conta a agência Reuters. «Para aqueles que receiam ser muito difícil concluir este processo com um novo tratado no prazo que foi marcado... Eu digo que pode ser feito, tem de ser feito», afirmou o Nobel da Paz terminando com a frase da campanha de Barack Obama: « Yes we can!»

É essa também a convicção de Portugal «no caminho em direcção a uma sociedade com pouco carbono», que o ministro Nunes Correia especificou: «Para nós, isto traduz-se numa redução das emissões globais pelo menos em 50 por cento em 2050 relativamente aos níveis de 1990.»

Esta sexta, em Bruxelas, a União Europeia anunciou o acordo para o período pós-Protocolo de Quioto relativo às emissões de gases com efeito de estufa. Entre 2012 e 2020, os 27 países europeus comprometem-se a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20 por cento até à data limite.
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