Mexilhão trava barragem do Alto Tâmega - TVI

Mexilhão trava barragem do Alto Tâmega

Barragem de Castelo de Bode

Espécie rara descoberta no rio Beça ficava em risco. Ministério decidiu não avançar com o projecto

Relacionados
O ministério do Ambiente chumbou uma das quatro barragens da Cascata do Alto Tâmega por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas, disse à agência Lusa fonte oficial do ministério.

A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) das barragens do Alto Tâmega, concessionadas à espanhola Iberdrola, foi assinada na segunda-feira e, segundo a fonte, chumbou a barragem de Padroselos, que estava previsto construir no rio Beça, no concelho de Boticas.

A tutela resolveu condicionar as restantes três barragens «sem comprometer a produção hidroeléctrica anual».



O ministério do Ambiente decidiu que o condicionamento passa também pela obrigatoriedade de serem usadas as cotas mais baixas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).

A DIA contempla também um conjunto de medidas de compensação sócio-económicas e ambientais para a zona.

O mexilhão de rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal.

Atualmente, esta espécie existe nos rios Rabaçal, Tuela e Mente, que atravessam a parte ocidental do Parque Natural de Montesinho (PNM), e ainda no Paiva, Neiva e Cavado.

No âmbito do Estudo de EIA de Padroselos, o mexilhão de rio foi também descoberto no rio Beça.

A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA propôs um «possível cenário alternativo do projecto», que passava pela exclusão desta barragem do projecto.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE