Matosinhos vai deixar de poluir o rio Leça - TVI

Matosinhos vai deixar de poluir o rio Leça

Incêndio na refinaria da Petrogal de Leça da Palmeira (Estela Silva/LUSA)

Município lança iniciativas para proteger o ambiente

Relacionados
Matosinhos deixará de poluir o rio Leça e seus afluentes em 2013, quando estive concluída a rede em baixa de recolha de efluentes, disse a vereadora do Ambiente da autarquia, Joana Felício, citada pela agência Lusa.

A autarca explicou que a intervenção, orçada em 35 milhões de euros, está incluída no âmbito das contrapartidas do contrato de concessão dos SMAS à Indáqua, que deverá concluir aquela rede nos próximos cinco anos.

A Câmara de Matosinhos aprovou também investimentos da ordem dos 12,4 milhões de euros na recuperação ambiental e integração paisagística das linhas de água e na recuperação dos jardins do concelho. «Todos estes projectos hoje aprovados serão agora candidatados aos fundos europeus do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional)», explicou.

Parte da recuperação ambiental já foi realizada, nomeadamente o Parque das Varas, na envolvente do Mosteiro de Leça do Balio, junto das margens do Rio Leça, assim como o Parque da Ponte do Carro, estando estas intervenções ambas concluídas.

A estas intervenções vêm somar-se outras, como o projecto relativo ao Parque Urbano do Vale do Leça e a requalificação ambiental do Monte Castêlo, junto à foz do Rio Leça, Guifões e Leça da Palmeira. O projecto prevê a criação de diversos circuitos temáticos, sendo de destacar o circuito do Paleolítico, o qual vai ser dotado de um Centro Interpretativo e Pedagógico.

Quanto ao Parque Ecológico do Monte S. Brás, situado na fronteira das freguesias de Guifões, Santa Cruz do Bispo e Custóias, o projecto tem um custo estimado de 2,177 milhões de euros e desenvolve-se ao longo do rio Leça, numa extensão de dois quilómetros.

No Parque Urbano do Vale do Leça serão criadas ligações pedonais e ciclovias entre o Parque da Paz e o Parque das Varas e entre o da Ponte do Carro e do Monte S. Brás. As intervenções previstas prevêem a recuperação das margens, através da consolidação de muros e suportes existentes, criação de uma rede de circuitos pedonais e ciclovias marginais ao rio, permitindo ainda a criação de um corredor verde e ecológico de dimensão metropolitana, projecto a cargo da arquitecta paisagista Laura Roldão.

O projecto de recuperação ambiental do antigo aterro municipal, que vai ser selado e adaptado a parque urbano, envolve também a valorização das margens do Leça. Este projecto, realizado em conjunto com a LIPOR, está em fase de conclusão e prevê a criação de zonas de lazer, um centro interpretativo e a recuperação da galeria ripícola (conjunto de espécies vegetais que crescem nas margens dos rios e que contribuem para o seu equilíbrio ambiental) do Leça.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE