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Paulo Portas avalia o debate: Rui Rio "não teve uma vitória por KO técnico" mas esteve melhor do que Costa

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O comentador da TVI diz que neste momento está tudo em aberto para as eleições legislativas mas "António Costa já esteve mais perto de ter a certeza que fica no cargo e Rui Rio já esteve mais longe de poder ser primeiro ministro"

Paulo Portas não tem dúvidas de que o debate pré-eleitoral entre António Costa e Rui Rio correu melhor ao líder do PSD: "Não teve uma vitória por KO técnico, mas prevaleceu", disse o comentador da TVI na sua coluna semanal, "Global".

Para ilustrar esta ideia, Portas escolheu "o momento inexplicável" em que Costa exibe o orçamento, e "o momento turbo" de Rio, quando ele mostra o bilhete de avião. 

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Portas recorda que em dezembro já tinha dito que "parecia que Rui Rio era o que mais tinha ganho com o congresso, as diretas e a disputa da liderança, porque as pessoas passaram a olhar para ele de uma maneira mais favorável". 

Por outro lado, também já tinha dito aqui que na sua opinião "o eixo da roda da politica portuguesa estava a deslocar-se da esquerda mais radical para o centro" e que acreditava que seria daí que viria o próximo primeiro-ministro.

Depois deste debate, Paulo Portas mantém estas duas convicções: "Mantenho, reafirmo e acentuo".

No dia em que arranca a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 30 de janeiro, o comentador afirma que "vamos ter uma eleição em que o cargo de primeiro-ministro está em aberto", o que "vai levar a uma polarização grande entre o PS e o PSD, que terão provavelmente mais votos do que é costume", diz. Isto porque uns irão votar "para tirar António Costa, outros para salvar António Costa". 

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Portas está ainda convencido que "a gerigonça já viveu dias melhores" e por isso considera "inexplicável" que Costa diga que o projeto dele é aquele orçamento, porque aquele orçamento não foi aprovado e não será, portanto, falta um bocadinho de futuro".

De qualquer forma, apesar de estar tudo em aberto, na sua opinião Rui Rio "reforçou as suas possibilidades no debate". "Esteve melhor porque foi mais realista. Ou seja, vêm aí tempos com inflação, com dívida, e ele não se compromete com coisas que não vai poder cumprir e o eleitorado agradece isso". E também "foi mais assertivo".

Já "António Costa fez teatro a mais, nomeadamente na área da saúde e da justiça" e foi muito óbvio no modo como "torceu palavras de Rui Rio".

"A estratégia de Rui Rio nos debates foi fazer-se de morto, exceto num, que foi este", porque sabia que este debate seria relevante. Além disso, nos vários debates, diz Portas, Rio "não criou obstáculos a ninguém para votarem nele, caso as pessoas queiram mudar, e isto é verdade desde a esquerda democrática até à direita". 

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Segundo Paulo Portas," esta eleição é de adesão ou de rejeição": "Se for de adesão, talvez António costa prossiga e a palavra chave é continuidade,  se for de rejeição, Rui Rio tem uma chance".

Mas Portas tem" um pressentimento" de que "há muitas razões dispersas, fragmentadas - mas, todas somadas, perigosas - à esquerda, centro e direita para uma certa fadiga e um certo cansaço de António Costa que podem levar a um voto de rejeição".

"Veremos o que o futuro nos reserva mas até agora acho que a eleição está em aberto e acho que António Costa já esteve mais perto de ter a certeza que fica no cargo e Rui Rio já esteve mais longe de poder ser primeiro ministro."

Onde estão os empregos do futuro?

Segundo um relatório do departamento de trabalho dos Estados Unidos, até 2030 as áreas onde o crescimento no emprego vai ser maior serão "em tudo o que tem a ver com saúde e envelhecimento", também nas áreas da "computação, informática, algoritmos, inteligência artificial" e ainda na logística e energias novas.

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"Vamos precisar de mais cuidadores, pessoas na enfermagem e nas ciências médicas", conclui Portas. E também mais pessoas a trabalhar em estatística, analistas e programadores: "Tudo o que nos permite tomadas de deicisão mais racionais e mais rápidas".

Boris Johnson perdeu completamente o bom senso

Paulo Portas afirma que Boris Johnson "tem um problema de bom senso" e que perdeu completamente a noção - não só por ter promovido eventos sociais na sua equipa num momento em que o Reino Unido estava em confinamento, mas também porque disse várias mentiras sobre o assunto.

"Há uma dimensão de delito criminal nas declarações ao parlamento mas sobretudo há uma sensação de impunidade", diz Portas, sublinhando que esta atitude irá certamente sair cara ao Partido Conservador. "Os trabalhistas estão com 10 pontos de vantagem neste momento."

"Abram o autoagendamento acima dos 18 anos!"

Este é o apelo feito por Paulo Portas este domingo: "Abram o autoagendamento acima dos 18 anos! Os centros estão a dar muito menos vacinas do que podiam", diz o comentador, deixando mais uma vez uma crítica à atuação da Direção-Geral de Saúde.

Neste momento, "é já absolutamente nítido que a Ómicron foi a maior vaga da pandemia em Portugal, mas menos severa e menos letal", conclui: E tem a ver com uma coisa muito simples: vacinas".

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