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Vulcão Cumbre Vieja altera comportamento de animais: “Para eles é como uma guerra nuclear”

Cerca de 40% das plantas da ilha estão em muito mau estado e os animais, fundamentalmente aves e répteis, correm risco de desaparecer

“Para a fauna, o cenário é como o de uma guerra nuclear”. Foi com estas palavras que o biólogo espanhol Manuel Nogales, que estuda a biodiversidade nas Canárias, há mais de 40 anos, descreveu os efeitos devastadores do vulcão Cumbre Vieja para com a fauna endémica. 

O investigador do Instituto de Produtos Naturais e Agrobiologia revelou que cerca de 40% das plantas estão em muito mau estado e que muitos dos animais que habitam a ilha, fundamentalmente aves e répteis, desapareceram completamente.

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Os lagartos praticamente desapareceram. Não vemos nada. Estão muito assustados com este fenómeno, toda a fauna alterou o seu comportamento”, explicou o especialista ao jornal espanhol El País.

O desaparecimento dos répteis é particularmente preocupante, alertam os especialistas, uma vez que são alimento de muitas aves de rapina que habitam na ilha fortemente afetada pela erupção. Agora, os especialistas temem que estas alterações tenham graves consequências na manutenção de algumas das espécies da ilha.

Recorde-se que o vulcão Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, entrou em erupção no domingo depois de mais de uma semana em que foram registados milhares de sismos na região.

Dezenas de casas já foram destruídas pela lava do vulcão que continua a correr em direção ao mar, mas não há vítimas depois de as autoridades terem retirado mais de 6.000 pessoas da zona da erupção.

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