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IL rejeita coligação por Carlos Moedas e apresenta candidato a Lisboa

Candidato do PSD respeita decisão, mas diz que “nada mudou” no projeto de mudança

A Iniciativa Liberal recusou hoje integrar a coligação autárquica à Câmara de Lisboa encabeçada por Carlos Moedas e decidiu apresentar um candidato próprio, Miguel Quintas, anunciou o presidente do partido, João Cotrim Figueiredo.

O anúncio foi feito na Praça do Município, com a Câmara de Lisboa como pano de fundo, tendo João Cotrim Figueiredo explicado que esta decisão, que assumiu não ser fácil, já foi dada a conhecer a Carlos Moedas.

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A decisão foi tomada pela Comissão Executiva que hoje se reuniu, por proposta do núcleo de Lisboa da Iniciativa Liberal, tendo sido anunciado igualmente o nome que vai ocupar o segundo lugar na lista dos liberais, Ana Pedrosa-Augusto, que foi vice-presidente eleita no primeiro congresso do Aliança.

Que não fiquem dúvidas nenhumas: é uma decisão difícil, mas certa e que o grande objetivo que temos ao tomá-la é tirar da câmara o PS que há 14 anos a governa e o atual presidente que há seis anos a governa”, sublinhou o presidente e deputado dos liberais.

Para Cotrim Figueiredo, “a decisão não é fácil porque a maior parte dos partidos tem uma tentação de ter sucessos eleitorais imediatos”, uma tentação que garante que a Iniciativa Liberal não tem.

Esta é a decisão certa porque sabemos que esses sucessos eleitorais só têm significado se forem conseguidos sem atalhos e com incoerência”, argumentou.

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Na perspetiva do líder liberal, a conquista de mandatos e lugares deve ser feita, “não mudando apenas caras, mas mudando políticas e sobretudo forma de fazer política”.

Esta decisão não foi fácil porque tem óbvios riscos mediáticos e óbvios riscos eleitorais, mas é a decisão certa porque a Iniciativa Liberal sabe que, sem a coragem que correr esses riscos implica, nada desses sucessos significam alguma coisa e não estaremos aqui, daqui por seis meses, a anunciar uma vitória eleitoral da IL”, acrescentou.

Lisboa é atualmente, segundo Cotrim Figueiredo, “uma cidade sem ambição, uma câmara com demasiada burocracia, com demasiadas lógicas clientelares de exercício do poder”.

Lisboa precisa de ser muitíssimo corajosa como aquilo que esta nossa decisão representa também”, antecipou.

Moedas respeita decisão da IL mas diz que “nada mudou” no projeto de mudança

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O candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas afirmou hoje respeitar a decisão da Iniciativa Liberal de não integrar a coligação que pretende formar, mas considerou que “nada mudou”.

Para mim nada mudou. Respeito democraticamente a decisão da IL. O meu projeto de mudança cresce todos os dias com apoios das mais diversas áreas”, referiu o ex-comissário europeu, numa publicação na sua conta da rede social Twitter.

Para Moedas, a sua candidatura, que deverá receber em breve o apoio do CDS-PP e de outros partidos sem assento parlamentar, é a única que pode “derrotar a governação de Fernando Medina”

Cada um de nós, lisboetas, tem a responsabilidade desta escolha”, defendeu.

O ex-comissário europeu Carlos Moedas foi apresentado em 25 de fevereiro como candidato do PSD à Câmara de Lisboa e recebeu no dia seguinte o apoio do presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que disse que o seu nome merecia “um sólido consenso” para encabeçar uma candidatura conjunta.

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Na apresentação das razões da sua candidatura, na quinta-feira, Moedas afirmou que o objetivo da sua candidatura é congregar as forças “não socialistas, moderadas e progressistas” da cidade e derrotar o PS, na autarquia há 14 anos, e disse ter já recebido o apoio do PPM, do MPT e da Aliança.

Nas últimas autárquicas, em 2017, PSD e CDS-PP concorreram separados à Câmara Municipal de Lisboa, numas eleições ganhas pelo socialista Fernando Medina, que obteve 42% dos votos e perdeu a maioria absoluta na capital.

A então líder do CDS-PP Assunção Cristas ficou em segundo lugar, com 20,6% (perto de 52 mil votos), numa candidatura apoiada também por MPT e PPM e que elegeu quatro vereadores.

Nessa eleição, o PSD teve como candidata a então deputada Teresa Leal Coelho, que ficou em terceiro lugar, com 11,2% (correspondentes a pouco mais de 28 mil votos), elegendo dois vereadores.

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