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Ex-diretor da Misericórdia de Ponte de Sor suspeito de crimes económicos sai em liberdade

Após primeiro interrogatório, o arguido, indiciado por peculato e por participação económica em negócio, ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, e proibição de contactos com os elementos da Mesa Administrativa e funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor

Um antigo diretor e contabilista da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor (SCMPS), distrito de Portalegre, detido na quarta-feira por crimes económicos, saiu esta quinta-feira em liberdade após primeiro interrogatório, disse à agência Lusa fonte judicial.

De acordo com a mesma fonte, o arguido, indiciado por peculato e por participação económica em negócio, ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, e proibição de contactos com os elementos da Mesa Administrativa e funcionários da SCMPS.

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Segundo informação do Ministério Público (MP), o primeiro interrogatório judicial começou à tarde e, pelas 22:40, a Lusa constatou que a advogada e o seu constituinte abandonaram no mesmo carro o Tribunal de Instrução Criminal de Évora.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) revelou que, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, realizou uma operação que culminou com a detenção de um “homem de 52 anos, suspeito da autoria dos crimes de peculato e de participação económica em negócio”, sem mencionar o nome da instituição alegadamente lesada.

Em causa estão atos praticados pelo suspeito, entre 2009 e 2018, enquanto exerceu as funções de diretor coordenador e contabilista certificado de uma Santa Casa da Misericórdia situada no distrito de Portalegre”, acrescentava a nota.

A operação, efetuada no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, já permitiu recolher “fortes indícios” de que o suspeito “se terá apropriado indevidamente de valores pertencentes” à Santa Casa da Misericórdia onde desempenhava os cargos, “no montante até ao momento apurado de cerca de 300 mil euros”.

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Segundo a PJ, o homem “utilizava essas quantias para suportar todo o tipo de despesas pessoais, despesas do seu agregado familiar e despesas da sua empresa”.

A operação da PJ envolveu a realização de duas buscas domiciliárias e de cinco buscas não domiciliárias, tendo sido “recolhidos importantes meios de prova dos factos em investigação”, referia ainda o comunicado.

A investigação prossegue no sentido de determinar, em concreto, todas as condutas criminosas e o seu alcance, bem como apurar o prejuízo causado à Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sor.

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