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Três inspetores do SEF acusados pelo homicídio de cidadão ucraniano no aeroporto de Lisboa

Diretor e subdiretor do SEF demitiram-se na sequência do caso e o ministro da Administração Interna admitiu a existência de "negligência grosseira"

O Ministério Público (MP) vai acusar três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pelo homicídio de um cidadão ucraniano ocorrido em março deste ano no Centro de Instalação Temporária do Aeroporto de Lisboa. A notícia foi confirmada pela TVI, sendo que o despacho de acusação deve ser emitido na próxima semana.

A detenção dos inspetores Bruno Sousa, Duarte Laja e Luís Silva foi avançada em primeira mão pela TVI, que também revelou que o corpo da vítima apresentava marcas de botas dos inspetores.

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Mais de seis meses depois da morte de Ihor Homenyuk, a Polícia Judiciária (PJ) deu por encerrada a investigação que culminou na indiciação dos três inspetores pela prática de homicídio qualificado. Os suspeitos estão em prisão domiciliária desde a detenção.

A investigação da PJ iliba os seguranças do aeroporto, pelo que não é certo que o MP venha a constituir mais arguidos.

Ihor Homeniuk chegou a estar mais de dez horas com vários hematomas, fraturas nas costelas e no tórax, que lhe dificultaram a respiração e acabaram por resultar na sua morte.

TVI sabe que foi extraída uma certidão para um processo autónomo onde devem ser acusadas outras pessoas. Entre elas está um outro inspetor do SEF que é suspeito de falsificação de documentos que atestavam que a vítima tinha sido encontrada na rua.

O caso chegou a merecer o comentário do ministro da Administração Interna, que tutela a pasta do SEF. A 8 de abril, Eduardo Cabrita admitiu a existência de "negligência grosseira e encobrimento gravíssimo" do SEF na morte do ucraniano.

A notícia inicialmente avançada pela TVI acabou por levar às demissões do diretor e subdiretor do SEF.

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