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Atleta atacada por dois cães: "Foi uma cena horrorosa”, diz testemunha

Cidália Martins foi surpreendida enquanto treinava em Alenquer. Os animais pertencem a um militar da GNR, especializado em equipas cinotécnicas

Cidália Martins, de 56 anos, é atleta federada de trail (corta-mato) e foi atacada por dois cães de grande porte enquanto treinava, em Alenquer, no dia 12 de fevereiro.

A ocorrência gerou a abertura de um processo interno na GNR, uma vez que os animais da raça Cane Corso pertencem um militar das equipas cinotécnicas. A autoridade vai averiguar se alguma das regras internas foi infringida.

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A vítima continua internada no Hospital de São José, em Lisboa, a aguardar por uma segunda cirurgia de reconstituição.

Cidália Martins foi surpreendida pelos dois animais enquanto treinava. Só foi socorrida graças a um casal, que a centenas de metros ouviu os gritos e se deslocou ao local.

Maria e Cândido Carvalho explicaram à TVI o cenário de grande violência com que se depararam.

Foi uma cena horrorosa”, explica Maria. “Encontrei-a deitada no chão e os cães a puxarem um para cada lado. Estavam a puxar os braços. Do lado esquerdo, já não tinha carne no braço. Via-se o osso”, detalha Cândido Carvalho.

Os Bombeiros Voluntários de Alenquer e pelo INEM foram chamados ao local, bem como o companheiro da vítima, José Martins, que é presidente da Junta de Freguesia do Carregado e Cadafais.

O médico disse à Cidália que foi um dos casos mais difíceis que apanhou até agora. (...) Sacrificou uma perna. Foi preciso para conseguir colocar nos braços. Terá de sacrificar, possivelmente, a outra perna em operações futuras, porque vai precisar de enxertos de pele para fazer os trabalhos de reconstrução que são necessários”, refere José Martins, companheiro da vítima.

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A mulher foi transportada para o Hospital de São José, em estado grave, e foi submetida nesse mesmo dia a uma cirurgia de reconstituição, que durou várias horas. O caso já está no Ministério Público.

Em resposta à TVI, a GNR confirma que "o proprietário dos cães é militar da Guarda Nacional Republicana e que esta situação, apesar de ter ocorrido fora de serviço e no âmbito da esfera da sua vida privada, originou também a abertura de um processo interno, por forma a apurar se a ocorrência em apreço configura alguma violação dos normativos internos da GNR".

Os dois cães continuam no canil municipal.

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