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"La Casa de Papel" regressa sexta-feira: tudo a postos para a guerra

Faltam apenas dez episódios: a parte cinco estreia esta sexta-feira na Netflix, a última parte chega em dezembro. Os assaltantes estão no Banco de Espanha e o objetivo é roubar 90 toneladas de ouro. Mas, para isso, terão de enfrentar o exército

"Perderam uma batalha, conseguirão vencer a guerra?" Esta foi a pergunta deixada no ar nas redes sociais quando foram reveladas as primeiras imagens da nova temporada da série espanhola "La Casa de Papel". Em breve ficaremos a saber a resposta.  A primeira parte da terceira e última temporada chega esta sexta-feira, 3 de setembro, à Netflix. São disponibilizados cinco episódios agora e os restantes cinco só a 3 de dezembro.

Para aumentar o apetite, a Netflix Portugal lançou esta quinta-feira um vídeo com uma versão da "Minha Casinha" dos Xutos & Pontapés, adaptada à série.

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Na página oficial de Twitter, as analogias bélicas são frequentes: "Isto é mais do que um assalto. É uma guerra", lê-se no perfil. E numa das publicações a garantia: "A rendição nunca fez parte dos planos".

Preparemo-nos, então, para a guerra.

As armas: "Bella Ciao" e o incentivo à rebelião

A série espanhola, criada por Álex Pina, acompanha um grupo de criminosos em dois grandes assaltos: primeiro, à Casa da Moeda (na primeira temporada, com duas partes) e, depois, ao Banco Central de Espanha (contado na segunda e terceira temporadas, em quatro partes).

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Inicialmente planeada como uma minissérie de 15 episódios, que foram exibidos na televisão espanhola Antena 3, "La Casa de Papel" foi cancelada por falta de audiência, mas acabou, inesperadamente, por tornar-se um sucesso mundial quando foi disponibilizada pela Netflix no final de 2017. É, desde então, a série não falada em inglês mais vista deste serviço de streaming.

Ao som de "Bella Ciao", a canção italiana popularizada pelos antifascistas nos anos de 1940, ficámos a conhecer este grupo de assaltantes liderados pelo Professor, cada um apresentado-se com o nome de uma cidade: Tóquio (a narradora), Rio, Berlim, Denver, Oslo, Moscovo, Nairobi e Helsínquia, a que depois se juntaram Palermo, Lisboa, Manila, Estocolmo... 

Vestidos com macacões vermelhos e com uma máscara do pintor espanhol Salvador Dalí, na primeira temporada os oito elementos do grupo tomaram a Casa da Moeda e forçaram 67 reféns a imprimirem 2,4 mil milhões de euros para depois fugirem por um túnel secreto, seguindo as indicações do Professor, que coordenava toda a operação à distância.

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Na Casa da Moeda viveram-me momentos tensos. Houve muita ação e tiroteios, discussões filosóficas, alguma violência e até beijos apaixonados. Cá fora, os espectadores ficaram presos à história, torcendo para que os vilões, que na verdade aqui eram os heróis, se safassem.

Mas a reação do público superou todas as expectativas. As roupas e as máscaras dos ladrões começaram a aparecer nas ruas: tornaram-se disfarces do carnaval do Rio de Janeiro, eram usadas pelos adeptos de futebol e até em manifestações de grupos que protestavam contra a opressão dos governos ou o sistema capitalista. As máscaras e a música "Bella Ciao" tornaram-se comuns em manifestações democráticas, ambientalistas ou feministas. Assaltar a Casa da Moeda era visto como um ato de rebeldia contra o sistema. Afinal, eles estavam a roubar os ricos e poderosos que nos "roubam" a todos.

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"Um barco de uma ONG resgata um grupo de migrantes e quando eles se encontram em segurança começam a cantar Bella Ciao... isso é mais importante do que tudo o resto", recorda Álvaro Morte, o ator que interpreta o Professor, no documentário "La Casa de Papel: o Fenómeno" (também disponível na Netflix), mostrando como o impacto da série se tornou incontrolável.

Na verdade, estes assaltantes não eram nenhuns "Robin Wood" dos tempos modernos, e tinham sonhos bastante prosaicos: queriam morar em ilhas paradisíacas, viajar em jatos privados e desfrutar da "boa vida". Curiosamente, os espectadores não se sentiram defraudados com isso. Afinal, os rebeldes eram como qualquer um de nós. 

Na quarta parte, a série terá tido mais de 65 milhões de visualizações em todo o mundo. E as expetativas para a quinta parte são bastante elevadas: a poucos dias da estreia, "La Casa de Papel" já é um dos tópicos mais populares na internet.

O exército: as personagens da quinta temporada

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Berlim já tinha morrido no final do primeiro assalto. Com a morte de Nairobi no final da quarta parte, o grupo principal ficou desfalcado e, por isso, surgem novas personagens. Estas são as que iremos ver de certeza:

O Professor (Sergio Marquina) –  interpretado por Álvaro Morte

Lisboa (Raquel Murillo) – interpretada por Itziar Ituño

Tóquio (Silene Oliveira) – interpretada por Ursula Corbero

Rio (Aníbal Cortés) – interpretado por Miguel Herrán

Denver (Daniel Ramos) – interpretado por Jaime Lorente

Helsínquia (Mirko Dragic) – interpretado por Darko Perić

Estocolmo (Mónica Gaztambide) – interpretada por Esther Acebo

Palermo (Martín Berrote) – interpretado por Rodrigo de la Serna

Inspetora Alicia Sierra – interpretada por Najwa Nimri

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Arturo Román – interpretado por Enrique Arce

Ángel Rubio – interpretado por Fernando Soto

César Gandía – interpretado por José Manuel Poga

Coronel Tamayo - interpretado por Fernando Cayo

Outras personagens irão aparecer em flashbacks, como por exemplo, Berlim (Pedro Alonso). Também poderemos contar com as presenças de Bogotá (Hovik Keuchkerian), Marselha (Luka Peros) e Manila (Belén Cuesta).

Entre as personagens novas, teremos Rafael (interpretado por Patrick Caiado), filho de Berlim, que é agora um jovem brilhante que estudou no MIT.

O ator José Manuel Seda chega à série como Sagasta, comandante das Forças Especiais do Exército Espanhol.

E Miguel Ángel Silvestre (que conhecemos de "Narcos") entra na série como ex-namorado de Tóquio, René

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A estratégia: e agora o que vai acontecer?

A quinta parte "é a mais épica de todas as que filmámos", assegurou o criador da série Álex Pina em declarações à Entertainment Weekly, em julho do ano passado. Sem revelar pormenores, Pina explicou que a história passa de um "jogo de xadrez", de "uma mera estratégia intelectual para uma estratégia de guerra: ataque e contenção".

O criador da série refere que sempre se tentou que os "protagonistas fossem carismáticos, inteligentes e brilhantes". "Neste caso, no género de filme de guerra puro, também procurámos personagens cuja inteligência pudesse rivalizar com a do Professor", afirmou Álex Pina.

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“Passámos quase um ano a pensar em como separar o grupo. Como colocar o professor na corda bamba. Como colocar algumas personagens em situações irreversíveis. O resultado é a quinta parte de La Casa de Papel. A guerra atinge níveis mais extremos e selvagens, mas também é a temporada mais épica e emocionante", garante o comunicado da Netflix.

Continuando de onde a quarta temporada tinha ficado, a quinta temporada decorre principalmente no Banco da Espanha, com o gangue a tentar roubar o ouro e sair em segurança. Já lá estão há 100 horas e o assalto parece estar longe de terminar. O plano é derreter o ouro - 50 toneladas já estão, ainda faltam 40.

A inspetora Alicia Serra (que está grávida) deteve o Professor e parece que, desta vez, ele não conseguirá escapar. "É possível que esta seja a última vez que vou falar com todos vocês", diz o Professor ao grupo. Entretanto, o exército entra em cena para tentar pôr fim ao assalto.

Entre as batalhas, as paixões continuam acesas. Tanto Rio e Tóquio quanto Estocolmo e Denver parecem ter tudo para reconciliar-se. Mas o futuro de Lisboa e do Professor não é tão promissor.

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Finalmente, o descanso dos guerreiros?

Este será mesmo o fim de "La Casa de Papel"?, é o que todos os fãs perguntam. A verdade, segundo os produtores, é que os atores da série estão a ser requisitados para fazer outros trabalhos e será difícil manter por mais tempo um elenco tão extenso.

E, depois, torna-se cada vez mais difícil justificar os assaltos e manter o interesse do enredo.

No entanto, há outras hipóteses. Numa entrevista recente, Álex Pina deixou uma porta aberta:

Temos muitas oportunidades de spin-offs. Isto deve-se ao facto de as personagens terem identidades muito fortes. Sempre tentámos ter personagens complexas, então acho que quase todas têm um lado que gostaríamos de ver num spin-off [uma série nova a partir de uma personagem que já existe]." 

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