TDT: 10% das famílias vão ficar com o ecrã a preto - TVI

TDT: 10% das famílias vão ficar com o ecrã a preto

Anacom garante que 90% das famílias que recebem sinal analógico estão preparadas para migrar para a Televisão Digital Terrestre

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Noventa por cento das famílias portuguesas que recebem o sinal televisivo gratuito analógico estão preparadas para migrar para a Televisão Digital Terrestre (TDT), de acordo com o último inquérito da Anacom - Autoridade Nacional das Comunicações divulgado esta segunda-feira.

A quatro dias do arranque da primeira fase do desligamento ( switch-off) do sinal analógico, que numa primeira fase incidirá sobre a faixa litoral de Portugal continental, a Anacom divulgou o mais recente inquérito sobre o ponto de situação nas famílias que necessitam de fazer a migração da tecnologia.

De acordo com o administrador da Anacom Eduardo Cardadeiro, no anterior inquérito, realizado no início de dezembro, «50 por cento das famílias que necessitavam de migrar já o tinha feito».

Na semana passada, «tornámos a inquirir os restantes», ou seja, os 50 por cento dos inquiridos que ainda não estavam preparados em dezembro. Destes, «70 por cento já tinham migrado e 20 por cento declarou que tinha intenção de se prepararem até 12 de Janeiro».

Com base nestes dados, adiantou Eduardo Cardadeiro, em conferência de imprensa em Lisboa, a Anacom estima que 90 por cento dos portugueses que têm televisão analógica estão preparados para a entrada da TDT, que vai permitir emissões televisivas digitais e com maior qualidade.

O regulador estima, assim, que «10 por cento ainda não tinha feito» a migração, tendo como base o inquérito realizado na semana passada.

Segundo o administrador, estes dados demonstram que no espaço de um mês (entre o inquérito do início de Dezembro e de Janeiro) 40 por cento das famílias que precisavam de se preparar para a TDT já o fizeram, o que demonstra que estão a migrar a um nível «muito elevado».

De acordo com Eduardo Cardadeiro «há uma concentração temporal das decisões de migração muito grande».

Eudardo Cardadeiro lembrou ainda os inquéritos anteriores já apontavam que 95 por cento dos portugueses sabiam o que era a TDT e que cerca de 90 por cento sabia a data do desligamento.

Na quinta-feira começa a primeira parte do desligamento, mantendo-se quatro emissores em funcionamento - Monte da Virgem, Montejunto, Marão e Lousã - por razões técnicas, enquanto os restantes serão desligados com um desfasamento: primeiro será o da Grande Lisboa, depois segue-se o do Algarve, Alentejo, Norte de Lisboa e restantes.

A partir de 22 de Março arranca a segunda fase, com a cessação dos emissores e retransmissores das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. A última fase acontece a 26 de Abril, altura em as transmissões analógicas do restante território continental serão desligadas.

Processo monitorizado todos os dias

Eduardo Cardadeiro explicou que a decisão de «fragmentar o desligamento do sinal em cinco momentos» facilita a «capacidade de monitorização diária do processo».

Nesta primeira fase, o processo de desligamento durará cerca de seis semanas e a fragmentação permitirá à Anacom identificar melhor cada um dos casos e aumentar a sua «capacidade de resposta».

Eduardo Cardadeiro adiantou que esta «fragmentação» no desligamento dos emissores vai também ajudar «às famílias que ainda não tenham migrado terem mais algum tempo para o fazer».

[Notícia actualizada às 14h30]
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