Liga: a análise da 34.ª jornada - TVI

Liga: a análise da 34.ª jornada

Marítimo-Sporting

Paços de Ferreira e Estoril condenados; Sporting tropeça e Benfica apanha estrada para os milhões da Champions

Alegrias extremas, alívios gigantes, feridas abertas e tristezas profundas. A última jornada da Liga é habitualmente um carrossel de emoções e nesta temporada a tradição manteve-se.

Com o título formalmente decidido para o FC Porto há uma semana, havia no entanto muito por resolver-se nos derradeiros 90 minutos do campeonato: o acesso à 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões via 2.º lugar, o 3.º lugar que ainda estava ao alcance do Sp. Braga, algumas escaladas de posições e a luta pela permanência, numa arena com cinco equipas (Moreirense, V. Setúbal, Feirense, Paços de Ferreira e Estoril lá dentro.

A tarde de domingo seria de enormes palpitações, fortemente desaconselhável a corações débeis. Seis dos nove jogos da ronda começaria, sincronizados, à mesma hora: Rio Ave-Sp. Braga, Benfica-Moreirense, Marítimo-Sporting, V. Setúbal-Tondela, Feirense-Estoril e Portimonense-Paços de Ferreira.

A abrir a ronda, na sexta-feira, o Desp. Chaves tinha ido à Vila das Aves arrancar uma vitória por 3-2 num jogo em qual esteve em desvantagem até ao minuto 89: selo de Matheus Pereira, extremo emprestado pelo Sporting que se tornou numa das grandes figuras dos flavienses, que terminaram o campeonato num honroso sexto lugar.

No sábado chegou a consagração do FC Porto. Os azuis e brancos foram a Guimarães com o título já resolvido, mas tinham a possibilidade de chegar ao recorde de pontuação (88) estabelecido pelo Benfica há duas épocas. A equipa de Sérgio Conceição venceu com um golo solitário de Marcano e da Cidade Berço seguiu para os Aliados, no Porto, para mais um capítulo de festa.

Também decididas, ou perto disso, estavam as vidas de Boavista e Belenenses, que se defrontaram no Estádio do Bessa. Os axadrezados venceram por 1-0 (Kuca, 19’) e ultrapassaram na reta final o V. Guimarães, fixando-se no 8.º lugar, enquanto os lisboetas cairiam no dia seguinte um lugar na tabela.

O dia seguinte, domingo, seria o dia de (quase) todas as decisões. Na Luz, no Funchal, em Setúbal, em Santa Maria da Feira e em Portimão.

Na Luz, Jonas regressou aos golos e deu, de penálti, os três pontos ao Benfica na receção ao Moreirense, que chegava a esta ronda ainda sem a permanência assegurada mas no menos incómodo lugar entre os aflitos.

Para chegarem ao 2.º lugar, os encarnados tinham obrigatoriamente de conseguir um resultado melhor do que o do rival Sporting na derradeira ronda. A equipa de Jorge Jesus foi à Madeira perder com o Marítimo por 2-1, caiu para fora do acesso à Liga dos Campeões e o trambolhão só não foi maior porque o Sp. Braga também vacilou na visita a Vila do Conde, onde perdeu com o Rio Ave por 1-0 (Tarantini, 43’).

Na luta pela salvação, a derrota do Moreirense na Luz acabou por não ser comprometedora para a equipa de Petit, até porque só um dos quatro adversários venceu nesta ronda: o V. Setúbal, que se salvou da descida no último sopro ao vencer em casa o Tondela (1-0) com um golo de André Pereira.

Uma derrota no Algarve com o Portimonense por 3-1 acabou por condenar o Paços de Ferreira e permitir à equipa da casa escalar do 12.º para o 10.º posto, enquanto o Feirense celebrou a permanência com um empate (0-0) na receção ao Estoril, que desce à II Liga juntamente com os pacenses.

É o cair do pano da Liga 2017/18? Sim, mas ainda há um jogo que pode ter influência na época 2018/19: a final da Taça de Portugal entre Sporting e Desp. Aves, à atenção do Rio Ave, que torce por um sucesso dos leões que lhe permita ocupar o 5.º e último lugar nas competições europeias.

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