Maddie: PJ não tem móbil do crime - TVI

Maddie: PJ não tem móbil do crime

  • Portugal Diário
  • 16 ago 2007, 10:04
PJ investiga desaparecimento de Maddie

E não faz ideia onde pode estar Maddie. Análises ao sangue encontrado no apartamento ainda não terminaram. Director da PJ dá entrevista e revela que está «optimista» em encontrar Madeleine viva, mas lembra que a «morte está em cima da mesa»

O director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, acredita que ainda é possível encontrar Maddie viva e está «optimista» quanto ao facto de descobrir o que realmente aconteceu na noite de 3 de Maio na Praia de Luz, disse o responsável em entrevista conjunta ao Diário Económico e ao El Mundo.

A imprensa inglesa traz esta quinta-feira várias informações sobre o «caso Maddie», nomeadamente, que a PJ já sabe quem matou a menina e que já estará na posse dos resultados ao sangue encontrado no apartamento. Alípio Ribeiro desmente e esclarece que os resultados deverão ser conhecidos em breve.

Os meios utilizados para investigar o desaparecimento de Madeleine MacCann são os suficientes, garante o DN da PJ, que afirmou não ter sofrido qualquer pressão nacional ou internacional para seguir a tese de rapto no início da investigação. Alípio Ribeiro acrescentou ainda que os pais de Maddie nunca foram suspeitos, mas actualmente a PJ ainda não sabe qual é o móbil do crime, nem faz qualquer ideia sobre qual o paradeiro da menina inglesa.

«Morreu no apartamento»

Na imprensa britânica de hoje pode ler-se que Madeleine McCann morreu na noite do seu desaparecimento, que a polícia portuguesa já sabe quem a matou e que o sangue encontrado no apartamento da Praia da Luz não é da menina.

Uma das notícia é avançada pelo Daily Mail e é assinada por Fiona Barton, que cita o inspector-coordenador da Polícia Judiciária (PJ), Olegário Sousa, que terá dito que a criança morreu na noite do seu desaparecimento e sublinhado a possibilidade de brevemente serem conhecidos novos suspeitos no caso. Entretanto, a PJ esclareceu à Lusa, que as declarações do seu porta-voz terão sido mal interpretadas pela imprensa britânica.

«Sangue pertence a um homem»

Por seu lado, o Daily Express e o Daily Star indicam que a PJ já sabe quem matou Madeleine enquanto o The Times avança que o sangue encontrado no apartamento da Praia da Luz de onde a menina desapareceu pertence a um homem.

Este jornal diz ter tido acesso aos resultados das análises realizadas num laboratório inglês. A análise, que tem um grau de exactidão de 72 por cento, devido ao mau estado da amostra recolhida, mostra que o sangue pertencerá a um homem do nordeste da Europa. De acordo com o jornal, o laboratório inglês está a realizar mais análises às amostras de sangue disponíveis.

PJ desconhece resultados



O director da Polícia Judiciária (PJ) de Faro, Guilhermino Encarnação, afirmou hoje que «oficialmente» esta polícia desconhece os resultados das análises aos vestígios encontrados no apartamento. O responsável adiantou que aquela polícia não dispõe de qualquer informação sobre quando irá receber os resultados das análises enviadas para um laboratório em Birmingham, no Reino Unido.

«Ainda hoje estive em contacto com a minha fonte [em Inglaterra]. Temos de aguardar», disse. Entretanto, um porta-voz do laboratório de Birmingham disse que as análises aos vestígios ainda não terminaram.

«As análises ainda não terminaram. Não podemos fazer comentários, estamos surpreendidos com o artigo do Times», disse à AFP um porta-voz do «Forensic Science Service», de Birmingham, para onde foram enviadas as amostras de sangue. Até ao momento as análises não permitem qualquer conclusão, disse, entretanto, uma fonte próxima do processo à France Press.

Madeleine MacCann desapareceu há 105 dias da Praia da Luz.
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