Covid-19: médicos consideram que há condições para a Liga não parar - TVI

Covid-19: médicos consideram que há condições para a Liga não parar

João Pedro Mendonça (foto: CD Nacional)

Presidente da ANMF diz que mesmo o Benfica está disposto e disponível «para jogar»

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O presidente da Associação Nacional de Médicos de Futebol (ANMF), João Pedro Mendonça, defendeu esta terça-feira a manutenção dos protocolos de covid-19 acordados no início da época, mas mostrou-se preocupado com o aumento de testes positivos nos clubes registados nos últimos dias.

Em declarações à agência Lusa, João Pedro Mendonça considerou que estão reunidas as condições para prosseguir as competições profissionais em Portugal e sublinhou que «o próprio Benfica», que tem 17 casos positivos, dos quais «cinco ou seis jogadores», também está disposto e disponível «para jogar».

«O que todos nós queríamos é que as coisas corressem de modo a que a competição não tivesse de parar. Portanto, o procedimento é aquilo que está assente desde o princípio: [Se] está positivo, é isolado, tratado e volta. Os negativos, continuam. Isso é o que estava assente desde o princípio, é o que pensamos que seria o ideal», disse o presidente da ANMF.

O também responsável clínico do Nacional admitiu que, apesar das equipas de futebol profissional funcionarem «como bolhas quando em estágio», todas as pessoas que fazem parte da ficha de jogo vão a casa e «não há polícias atrás de cada jogador ou pessoa».

Por esse motivo, considerou que o recente aumento do número de infetados no futebol profissional, em Portugal, «é um reflexo» do que se passa na comunidade, mas lembrou que «não há cidadãos mais controlados do que os elementos que fazem parte das fichas de jogo».

«Aliás, se há cidadãos que, não digo excessivamente, mas que são intensamente controlados, são os jogadores que, obrigatoriamente, 48 horas antes de cada jogo têm de ser controlados e há clubes que ainda fazem mais testes», frisou o responsável médico.

De acordo com o plano de retoma do futebol profissional, «os atletas e equipas técnicas da equipa na qual foi identificado um caso positivo podem ser considerados contactos de um caso confirmado».

«No entanto, a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas. A determinação de isolamento de contactos (de praticantes e outros intervenientes), a título individual, é de estrita competência da Autoridade de Saúde territorialmente competente», acrescenta o mesmo documento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Este plano, que vigora desde 7 de setembro de 2020, determina que todos os infetados, sintomáticos ou não, devem ser isolados, «ficando impossibilitados de participar em treinos e competições até à determinação de cura deliberada pela Autoridade de Saúde territorialmente competente».

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