Paulo Rangel: crise dos professores foi “artificial” e de “motivação política oportunista” - TVI

Paulo Rangel: crise dos professores foi “artificial” e de “motivação política oportunista”

  • SL
  • 10 mai 2019, 16:55
Rangel

Para o eurodeputado, "o primeiro-ministro sentiu que as eleições não estavam a correr bem ao PS e resolveu fazer um intervalo para ver se, no fundo, cortava um pouco as dinâmicas políticas existentes"

O cabeça de lista social-democrata às eleições europeias, Paulo Rangel, criticou, esta sexta-feira, o chumbo das salvaguardas financeiras propostas por PSD e CDS-PP sobre professores e disse que a crise foi "artificial" e de "motivação política oportunista".

Em declarações à agência Lusa numa arruada com algumas dezenas de militantes e simpatizantes em Tomar, no distrito de Santarém, Paulo Rangel disse que "a posição de responsabilidade financeira do PSD esteve sempre garantida” e ficou “bem espelhada".

O PS, nas suas contradições, votou contra esta cláusula de responsabilidade financeira que mostra bem que esta crise durante esta semana foi essencialmente uma crise artificial", afirmou.

Para o eurodeputado e cabeça de lista do PSD às eleições europeias de 26 de maio, "o primeiro-ministro sentiu que as eleições não estavam a correr bem ao PS e resolveu fazer um intervalo para ver se, no fundo, cortava um pouco as dinâmicas políticas existentes".

Para Paulo Rangel, existiu nesta nesta crise uma "motivação política oportunista, totalmente ocasional e propagandística por parte do PS, do Governo e em particular de António Costa".

Paulo Rangel disse ainda que "esta votação deixou isso transparente e claro" e que se "pode dar o assunto por encerrado".

A Assembleia da República rejeitou, em plenário, todas as normas propostas por PSD e CDS-PP que introduziam condicionantes financeiras à devolução integral do tempo de serviço congelado aos professores, como o crescimento económico e o equilíbrio das finanças públicas.

No périplo que Paulo Rangel está hoje a efetuar por algumas cidades do distrito de Santarém, o eurodeputado deu ainda conta dos temas que o PSD quer debater na campanha para as eleições de 26 de maio, tendo rejeitado a "tentativa de absolutizar" a mesma em termos nacionais.

Há muitos temas nacionais com dinâmica europeia e muitos temas europeus com dinâmica nacional e que podem ser discutidos, o que não podemos aceitar é o que fez António Costa ao dizer que as eleições europeias são uma moção de confiança ao Governo ou uma moção de censura à oposição", disse, salientando que "essa tentativa de absolutizar em termos nacionais as eleições europeias é que é inaceitável e contribui para a abstenção e para o desinteresse das pessoas".

Paulo Rangel apontou ainda que os "temas fundamentais" para a agenda do PSD para esta campanha passam pela "interioridade e coesão territorial, ambiente e alterações climáticas, crescimento e emprego".

João Moura, presidente da distrital de Santarém do PSD, afirmou à Lusa estar "preocupado com a abstenção e com o alheamento das pessoas das causas públicas", tendo assegurado que o partido vai encetar a nível distrital uma "campanha de sensibilização com ações de rua para relevar a importância de votar" nestas eleições europeias.

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