Eleições no Brasil: a segunda volta decisiva
E agora, Brasil?
Termina aqui o acompanhamento, ao minuto, da segunda volta das eleições presidenciais no Brasil. Com uma sociedade dividida, acabou por ganhar o candidato que as sondagens já projetavam, com cerca de 55% dos votos. O país virou, mas virou para a extrema-direita de Jair Bolsonaro, depois de 13 anos de governos PT. Fernando Haddad tentou, mas não conseguiu descolar da mancha de corrupção que o partido de Lula deixou no país. O novo presidente tem Messias como nome do meio, e anunciou que tem uma "missão de Deus". Aligeirou o seu discurso misógino e homofóbico, falando agora em "país de diferentes orientações". Toma posse a 1 de janeiro e a partir daí é que se vai ver.
Cristo envergonhado e lula na grelha: a eleição de Bolsonaro nas redes sociais
Minas Gerais, São Paulo e Rio liderados por apoiantes de Bolsonaro
Estão em causa dos três maiores estados do Brasil: o Rio de Janeiro elegeu o ex-juiz Wilson Witzel, candidato do Partido Social Cristão (PSC) apoiado pelo presidente eleito da extrema-direita Jair Bolsonaro, na segunda volta, com quase 60% dos votos.
Em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, o candidato mais votado foi o milionário Romeu Zema, do Partido Novo, também apoiante de Bolsonaro.
O ex-prefeito de São Paulo, João Dória, venceu as eleições para governador no estado homónimo e manteve a hegemonia dos social-democratas na região mais rica e povoada do Brasil.
BE pede "vigilância total" à comunidade internacional
A deputada do BE Joana Mortágua faz esse apelo perante uma possível "degradação democrática" no Brasil com a vitória ao candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro.
"É uma vitoria que tem que ser respeitada, mas que nos deixa, enquanto democratas, muito tristes porque diz muita coisa sobre a fragilidade das democracias, que julgávamos estarem sólidas e conquistadas", disse à Lusa.
PCP: está em curso "poder de cariz ditatorial"
Num comunicado de imprensa, o PCP defende que a vitória de Jair Bolsonaro constitui "um gravíssimo desenvolvimento da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro, corporizado num programa de intensificação da exploração e ataque aos direitos sociais, de agressão às liberdades e à democracia".
"Este resultado é inseparável da sistemática ação de branqueamento dos reais objetivos e de apoio à candidatura de Bolsonaro promovida pelos grandes meios de comunicação social - incluindo em Portugal - e através das redes sociais".
Conheça o percurso do presidente eleito do Brasil
Jair Bolsonaro: o capitão desbocado que cria o receio de um Brasil de facas longas
São Paulo: polícia teve de intervir em pequeno tumulto na Avenida Paulista
Brasil: este é o mais jovem governador e só há uma mulher entre homens
Houve um princípio de tumulto agora na Avenida Paulista. A Polícia Militar contornou a situação. No palanque pro-Bolsonaro, apoiadores pediam que menifestantes não se dispersassem. pic.twitter.com/uaKJLTuBPi
— Beatriz Jucá (@beatrizjuca) 28 de outubro de 2018
Nicolás Maduro felicita Bolsonaro
El Presidente de la República Bolivariana de Venezuela @NicolasMaduro, extiende sus felicitaciones al pueblo del Brasil, por la celebración cívica de la 2da vuelta electoral, en la que resultó favorecido @jairbolsonaro como Presidente Electo de ese hermano país. pic.twitter.com/46HtNRySkB
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 28 de outubro de 2018