Escritora de «Eu Carolina» fala em «vingança» - TVI

Escritora de «Eu Carolina» fala em «vingança»

  • Portugal Diário
  • 1 jul 2007, 11:48
Livro de Carolina Salgado

Professora diz que livro publicado é diferente daquele que escreveu

A amiga de Carolina Salgado que escreveu o livro «Eu, Carolina» disse que a ex-companheira do presidente do FC Porto publicou o livro para se vingar de Pinto da Costa e para ganhar dinheiro.

Quando foi ouvida pelo Ministério Público, no âmbito dos processos que lhe foram movidos pelos visados, Maria Fernanda Freitas de Sousa acrescentou que a versão final do livro publicado não é igual ao texto que escreveu, refere o «Jornal de Notícias».

A autora adianta que foram retiradas histórias e introduzidas outras, no período entre a feitura do livro e a entrega deste à editora em Lisboa. Garante que precisou «de o comprar, para conhecer a versão final» e reconheceu que alinhou no projecto por ser um assunto «vendável»

Além disso, recordou um desabafo da ex-companheira de Pinto da Costa sobre as agressões ao ex-vereador do PS/Gondomar, Ricardo Bexiga: Carolina ter-lhe-á contado, após a feitura do livro, que o presidente portista não gostava de Ricardo Bexiga, pelo que ela mesma contactou pessoas para o agredir ou eliminar.

Segundo a autora do livro, Carolina «dizia estar sempre à frente e tudo o que ele (ou seja, Pinto da Costa) desejasse, ela fazia» Isto porque «gostava muito» do presidente do FCP.

A professora do ensino secundário afirmou acreditar que «Carolina actuou movida por motivações económicas e de vingança, mas alegando que pretendia proteger-se».

Fernanda Freitas afirmou ainda que só mais tarde se apercebeu disto e que o livro contém «vastas menções difamatórias e desnecessárias», acrescentando que «filtrou» várias histórias, caso contrário o livro ainda seria pior.

Afirmou ainda ter ficado com a sensação de que Carolina não dispunha de documentos que apoiassem seu relato.

O depoimento de Fernanda Freitas pode ajudar à defesa do presidente portista no âmbito do processo «Apito Dourado».

O Ministério Público propôs a suspensão provisória do processo, por 18 meses, mediante a entrega de 350 euros a uma instituição de solidariedade. De arguida passou agora a testemunha nos diversos processos.
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