Irmãs sauditas pedem ajuda internacional: "Éramos tratadas como escravas" - TVI

Irmãs sauditas pedem ajuda internacional: "Éramos tratadas como escravas"

  • SL
  • 19 abr 2019, 18:54
Wafa e Maha

Wafa e Maha al-Subaie conseguiram escapar para a Geórgia e pediram asilo internacional às Nações Unidas, no Twitter, porque sentem-se ameaçadas no país de origem, apenas por serem mulheres

Têm 25 e 28 anos e são as mais recentes fugitivas da Arábia Saudita a pedir asilo internacional. As duas irmãs, Wafa e Maha al-Subaie, abandonaram o país e estão agora na Geórgia, mas ainda não sentem que estão seguras.

Temos de cobrir as nossas caras, temos de cozinhar… como escravas. Não queremos isto, queremos ter uma vida real, uma vida nossa”, afirmou Wafa, a irmã mais nova, citada pela BBC.

As duas jovens conseguiram fugir para a Geórgia, porque não é necessário um visto de entrada a residentes da Arábia Saudita. Agora, estão a apelar asilo internacional, às Nações Unidas, e pedem ajuda para chegar a um terceiro país, onde possam sentir-se seguras.

Precisamos de apoio, queremos proteção, queremos um país que nos dê as boas-vindas e que proteja os nossos direitos”, acrescentou Wafa, em entrevista a um jornal local. “A Geórgia é um país pequeno e qualquer pessoa da nossa família consegue encontrar-nos”.

As irmãs usaram o Twitter, para apelarem por ajuda internacional.

O meu nome é Maha e a minha irmã é Wafa. Estamos em perigo. Precisamos do vosso apoio para que a nossa voz seja ouvida. Queremos proteção. […] O governo da Arábia Saudita cancelou-nos os passaportes. Agora estamos na Geórgia”, pode ler-se na legenda do vídeo, publicado na rede social.

As irmãs foram recebidas pelo Departamento de Migração da Geórgia, na quinta-feira à noite, parecendo aterrorizadas. Na altura, fizeram declarações aos media locais, garantindo que se sentiam ameaçadas apenas por serem mulheres.

A nossa família ameaça-nos todos os dias no nosso país”, garantiu Wafa.

Este é apenas o caso mais recente de jovens a abandonarem a Arábia Saudita. Em janeiro, uma rapariga de 18 anos conseguiu escapar para a Tailândia e pediu também ajuda no Twitter. Em março, duas irmãs conseguiram escapar para Hong Kong.

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