Suspeito do assassínio de Jamal Khashoggi detido em Paris - TVI

Suspeito do assassínio de Jamal Khashoggi detido em Paris

Jamal Khashoggi

Khalid Aedh al-Otaibi estava a embarcar para um voo no Aeroporto Charles de Gaulle

Relacionados

A polícia francesa deteve um dos suspeitos do assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Segundo a RTL, Khalid Aedh al-Otaibi, antigo membro da Guarda Real saudita, preparava-se para embarcar num voo para Riade usando a sua identidade verdadeira quando foi intercetado pelas autoridades

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o homem de 33 anos vai ser presente a um juiz nas próximas horas, que lhe dará a opção de ser extraditado para a Turquia ou contestar o mandado de detenção e ficar em prisão preventiva em França.

Khalid Aedh al-Otaibi faz parte do grupo de 17 indivíduos sancionados pelo Departamento do Tesouro norte-americano pelo alegado envolvimento no assassínio do jornalista.

Jamal Khashoggi, um dos maiores críticos do regime saudita - e em particular do príncipe Mohammed bin Salman -, foi morto a 2 de outubro de 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul. A versão oficial das autoridades turcas afirma que o jornalista radicado nos Estados Unidos foi assassinado e o seu corpo desmembrado e destruído por uma equipa de cerca de 15 agentes sauditas.

Nas semanas que se seguiram ao incidente, a Arábia Saudita negou oficialmente qualquer envolvimento no sucedido. Entretanto concedeu que a operação foi levada a cabo por agentes mas “sem qualquer ordem superior” e que o queriam persuadir Khashoggi a voltar para o país.

Em dezembro de 2019, o Tribunal Criminal de Riade chegou mesmo a condenar à morte cinco elementos alegadamente responsáveis pelo assassínio, sentença posteriormente reduzida para 20 anos para cada um.

Contudo, as autoridades turcas afirmam que os agentes atuaram sob ordens diretas de altos funcionários do governo saudita, nomeadamente de Mohammed bin Salman. Na sua investigação ao caso, as Nações Unidas consideraram que havia “provas credíveis” para investigar o príncipe herdeiro.

Continue a ler esta notícia

Relacionados