Greve geral: participação é «um investimento» - TVI

Greve geral: participação é «um investimento»

Arménio Carlos espera grande adesão

Relacionados
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse esta segunda-feira que as atuais políticas do Governo acentuam as desigualdades e generalizam a pobreza tendo defendido a participação na greve geral de quinta-feira como sendo um investimento.

«Isto não é caminho nem é futuro para ninguém», disse à Agência Lusa o secretário-geral da CGTP-IN, que hoje participou num plenário de trabalhadores na EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviária, no Entroncamento.

«Esta política que está a ser seguida não só não resolve nenhum dos problemas como os agrava sistematicamente, acentuando desigualdades e generalizando a pobreza», afirmou, defendendo a participação dos trabalhadores como um «investimento» para a «defesa dos direitos conquistados e salvaguarda dos direitos dos nossos filhos».

Quase a completar dois meses na liderança da CGTP, Arménio Carlos assegurou que «o ambiente que se verifica em todos os locais de trabalho é de grande disponibilidade e vontade de participar» na greve geral de dia 22, tendo notado que esta jornada de luta, «para além da defesa dos direitos dos trabalhadores», tem a haver com os direitos das novas gerações.

«E acima de tudo é pela dignificação do trabalho», vincou, justificando a marcação da paralisação de quinta-feira, apenas quatro meses após a última greve geral.

«É preciso respeitarem os direitos dos trabalhadores e aquilo que está em marcha com o pacote laboral» aponta exatamente para o inverso, para uma visão mercantilista das relações de trabalho e em que os trabalhadores passariam a ser meros objetos, de acordo com os interesses das grandes entidades patronais», notou.

Uma visão que o sindicalista considerou ser um «retrocesso social e civilizacional inadmissível», tendo adiantado que é neste contexto que a greve geral de quinta-feira é «muito importante» pelo que está em jogo e pelo futuro de Portugal.

Segundo defendeu à Lusa o secretário geral da Intersindical, a maior central sindical portuguesa, «este é o momento certo para juntar a indignação individual a uma forte indignação coletiva pela exigência de uma mudança de política».

A greve geral da próxima quinta-feira é a oitava convocada pela CGTP. O protesto surge contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade e surge quatro meses após a última greve geral.
Continue a ler esta notícia

Relacionados