Mais de 400 peças, de Ronaldo a Senna: eis o Museu Jorge Baptista - TVI

Mais de 400 peças, de Ronaldo a Senna: eis o Museu Jorge Baptista

Adepto do FC Porto, Jorge foi colecionando camisolas de futebol ao longo da vida, até que chegou à altura de construir um museu pessoal, já sonhado há algum tempo. Ao futebol juntou-lhe outros desportos, como uma camisola de Michael Jordan e umas luvas usadas por Ayrton Senna no Grande Prémio do Brasil, em 1986. Um património impressionante e que merece ser admirado

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São tantas que Jorge Baptista nem arrisca a dar um número exato, mas garante: são mais de 400 as peças que compõem o seu museu pessoal, entre camisolas, galhardetes, luvas e chuteiras, por exemplo.

Impressionante, certo? Pois bem, caro leitor, então espere até conhecer algumas das peças do assumido adepto do FC Porto (que pode ver na galeria acima associada).

Mas primeiro, o contexto.

Jorge Baptista é sócio e adepto do FC Porto desde que nasceu, praticou futebol e foi piloto de karting durante a infância e a adolescência. Enquanto isso, foi colecionando tantas camisolas de futebol que lhe permitiram pensar em fazer um museu pessoal aos 50 anos. Isso aconteceu, mas mais de uma década antes.

Em entrevista ao Maisfutebol, Jorge explica como é que começou este bichinho das camisolas e elenca alguma das valiosíssimas peças que constam no Museu Jorge Batista (que já tem até um espaço virtual). Uma lista impressionante e que vale a pena admirar. Venha daí.

Do início do bichinho à construção do museu, com um património de fazer inveja 

«Desde novo que aquilo que mais queria no Natal era camisolas de futebol. Aliado ao bichinho que o meu pai incutiu em mim... ele era um fanático pelo FC Porto e sempre que o ia em viagem a acompanhar a equipa para fora trazia-me uma camisola, da equipa rival ou de outra que estivesse no aeroporto», começa por dizer, ao nosso jornal.

«Foi crescendo uma coleção das viagens do meu pai e agora multiplicando isto pelo resto da família, foi assim que eu fui acumulando, fora as que comprava», prossegue.

Jorge tinha o sonho de construir um museu pessoal quando chegasse às 50 primaveras, mas esse desejo antecipou-se quando mudou de casa, há cerca de cinco anos: «Na mudança de casa percebi que já tinha muita coisa e pensei em fazer uma coisa diferente, do desporto em geral Vou fazer uma coisa diferente, até de desporto, relacionadas com o desporto em geral. E comecei a entusiasmar-me. Fui comprando mais camisolas via ebay, outras ia pedindo a determinados jogadores... Tive acesso a muita coisa e as pessoas também perceberam a paixão que tinha.»

«A coisa foi acelerando, fiz negócios no ebay, participei em leilões, e depois comecei a pensar no resto do desporto. Natação, hóquei, boxe, basebol... Arranjei algumas coisas interessantes», revela.

E que coisas interessantes são essas? «Uma touca do Michael Phelps, uma camisola do Michael Jordan, autografada, por ele, uma bola de golfe assinada pelo Tiger Woods, umas luvas do Valentino Rossi, um mini Ferrari autografado pelo Schumacher, umas luvas do Conor McGregor, outras do Muhammad Ali, umas luvas também do Lewis Hamilton, umas sapatilhas do Lance Armstrong, uma medalha do Usain Bolt...»

Fora, atenção, às peças que foi colecionando de Ayrton Senna, especialmente umas luvas usadas pelo mítico piloto no Grande Prémio do Brasil de 1986 e adquiridas já depois do falecimento do brasileiro.

Jorge não esconde que é um grande fã de Ayrton Senna

Uma lista de fazer inveja a qualquer um, e ainda sem contar com as centenas camisolas de futebol que Jorge foi colecionando ao longo da vida.

Ainda assim, há uma que Jorge ainda procura: a de Ricardinho.

«Tenho um quadro que está vazio, logo na entrada, que já está com a fotografia e com o nome, que é do Ricardinho. Já lhe mandei algumas mensagens no instagram, já falei com algumas pessoas em comum, mas ainda não a consegui obter. Mas não vou desistir», garante.

Cristiano Ronaldo, um espaço à parte

De resto, fazem parte do espaço de Jorge camisolas de algumas das maiores estrelas de sempre do futebol: Pelé, Maradona, Messi, Ronaldo Fenómeno, Kaká, Figo, Vítor Baía, Deco e, claro está, Cristiano Ronaldo. O português, ídolo do adepto do FC Porto, tem um espaço reservado só para ele.

«O Ronaldo sempre foi um jogador que admirava bastante. Tive a felicidade de o conhecer quando ele já tinha sido o melhor do mundo e já era um jogador que admirava dentro e fora do campo. Continuo a idolatrá-lo. A forma como ele está na vida e no desporto, tudo isso para mim é muito importante.»

«E o facto de ser amigo da irmã dele fez-me ter acesso privilegiado e acesso a algumas peças especiais. Algumas foram oferecidas pela ele, a principal foram umas chuteiras quando ganhou a Bota de Ouro, a Nike fez umas chuteiras especiais e a irmã pediu lhe para ele me oferecer. Ele percebeu a paixão que eu tinha e ofereceu-mas, é a peça mais valiosa que tenho. Tem um valor incalculável. As camisolas fui comprando, tenho de todas as épocas que ele fez. É o maior atleta desportivo de todos os tempos», diz.

As chuteiras oferecidas por Cristiano Ronaldo que Jorge diz ser a peça mais valiosa que tem no seu museu

Camisolas de Benfica e Sporting também são bem-vindas, mas com uma condição

Adepto ferrenho do FC Porto, Jorge Baptista não se inibe de ter camisolas dos principais rivais no museu, mas com uma condição: tem de gostar dos jogadores em questão.

«O que faço questão é que quando camisolas tenho do Sporting ou do Benfica sejam de jogadores que admire. Tenho do Mantorras, por exemplo, sabia perfeitamente o que esses jogadores passavam, também tive algumas lesões. Tenho do João Pinto, adorava que tivesse jogado no FC Porto, também do Nuno Gomes, era um jogador que admirava. Tenho a camisola do Fehér na época em que ele faleceu também. Não gosto de forma nenhuma do Benfica, o Sporting até aprecio, mas não tenho qualquer problema em ter camisolas desses clubes no museu.»

Tal como de Cristiano Ronaldo, camisolas do FC Porto também há muitas, claro, não fossem os dragões uma das grandes paixões de Jorge.

Três delas, no entanto, são mais especiais do que as restantes. «As três mais especiais que tenho são as mais vintage. Uma da época 1987/88 assinada pelo Fernando Gomes, a camisola de estreia do Vítor Baía, com o 12 nas costas, e uma do Jaime Magalhães, do início dos 90, que ele usou, salvo erro, contra o Benfica», conta, acrescentando mais nomes como os de Deco, Jorge Costa, Jardel e ainda uma camisola autografada por... Pinto da Costa.

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