Web Summit: Patrícia Mamona quer medalha nos Mundiais de 2022 - TVI

Web Summit: Patrícia Mamona quer medalha nos Mundiais de 2022

Patrícia Mamona subiu ao pódio e já recebeu a medalha de prata (Tiago Petinga/Lusa)

Atleta já definiu trajeto competitivo até Paris2024

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Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica no triplo salto, assumiu esta terça-feira a ambição de conquistar pela primeira vez uma medalha em campeonatos do mundo de atletismo, em 2022, no caminho para os Jogos Paris2024.

«Já estou supermotivada para Paris2024, porque o que fiz para mim não chega, quero sempre mais e melhor. Mas, este ano [2022], tenho os Mundiais, que são uma competição muito importante para mim, até porque nunca consegui uma medalha nessas competições», afirmou a atleta do Sporting, na Web Summit, em Lisboa.

Patrícia Mamona participou na cimeira tecnológica numa conferência conjunta com o canoísta Fernando Pimenta, vice-campeão em K2 1.000 metros em Londres2012 e medalha de bronze em K1 1.000 em Tóquio2020, salientando o seu constante inconformismo.

«Estou sempre à procura de mais e melhor. Sinto que melhorei muito a minha parte mental, para conciliar com o meu estado de forma. Resultou para mim e fui muito feliz nos Jogos Olímpicos Tóquio2020», vincou.

O calendário internacional de atletismo conta com Mundiais, entre 15 e 24 de julho, em Oregon, nos Estados Unidos, e Europeus, em Munique, na Alemanha, entre 16 e 21 de agosto, ambos ao ar livre, depois dos campeonatos do mundo em pista coberta, em Belgrado, entre 18 e 20 de março.

«Estas competições intercalares, como Mundiais e Europeus, fazem parte da preparação para os Jogos Olímpicos. Tenho de pensar no que é mais importante a cada momento, para, depois, quando começarem as competições, competir a alto nível e conseguir os objetivos. Paris2024 vai fazer-se assim, construindo, aos bocadinhos, para no dia, à hora certa, estar no meu pico de forma», explicou.

A atleta, de 32 anos, admitiu a incapacidade de estabelecer uma marca como objetivo para essas competições, prometendo esforço para concretizar o objetivo de «conquistar uma medalha».

«Posso garantir que vou dar o meu melhor, para fazer melhor do que já fiz, que foi 15,01 metros», sublinhou.

Na conferência, sobre a força mental e o caminho para Tóquio2020, Mamona lamentou a «pouca sorte» de nunca ter alcançado uma medalha em Mundiais, nos quais tem como melhor resultado o quarto lugar alcançado na competição indoor, em 2014, em Sopot, na Polónia, e o oitavo, em 2018, em Doha, ao ar livre.

Mamona recordou o impacto sentido com o público na sua estreia olímpica, em Londres2012, mas também a cirurgia ao joelho a que foi submetida em 2017 e a infeção pelo novo coronavírus no ano passado, como alguns dos obstáculos que teve de superar na sua carreira.

«Às vezes, as adversidades que nos aparecem tornam-nos mais robustos. Temos de encarar as barreiras com positividade. Podes treinar o mais que puderes, mas se a cabeça não estiver no sítio, obviamente, a competição vai correr mal», advertiu ainda.

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