Autocaravanismo, o turismo itinerante - TVI

Autocaravanismo, o turismo itinerante

Autocaravana 2

Vendas crescem a um ritmo que ronda os 30 por cento/ano. Quem tem autocaravana não quer outra coisa

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Com a chegada do calor e principalmente do Verão habituamo-nos a ver muitas autocaravanas nas estradas portuguesas.

Mas se antes as matrículas eram essencialmente estrangeiras, hoje já se vêem muitas nacionais. Esta forma de turismo começou na década de 60 em países como a Alemanha, França, Holanda e Itália, mas no nosso País o fenómeno ainda é recente, apesar de ter cada vez mais adeptos.

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Alírio Amorim, proprietário da Campilider, empresa de venda e aluguer de autocaravanas, reconhece o aumento da procura, mas explica que há ainda muito poucas em Portugal: «Apesar de estarmos com um crescimento muito acentuado, cerca de 20 a 30 por cento ao ano, continuámos com vendas que rondam as 600 unidades por ano. Comparando com o mercado francês, que vende 22 mil autocaravas por ano, estamos a falar ainda de muito espaço para crescer».

De qualquer forma, é visível a recente adesão dos portugueses. «Começa a estar na moda, é divertido, são umas férias diferentes. É algo fora do normal e as pessoas são levadas a experimentar o que é novidade», explica Alírio Amorim. Para além disso, acrescenta, quem experimenta gosta, principalmente as crianças: «Para elas é uma experiência inesquecível. Às vezes pedem aos pais para virem aqui dizer olá à autocaravana».

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Adepto do caravanismo desde criança e proprietário de uma autocaravana desde que teve filhos, Carlos Gil, que é também criador do site www.autocaravanismo.net,

aponta outros factores para explicar o crescimento de autocaravanistas: «Mais informações sobre a modalidade, nomeadamente pela Internet; mais autocaravanas estrangeiras na estrada, o que fez despertar o mercado, e a «vontade» de sair de Portugal e descobrir novos horizontes».

A Agência Financeira foi ao encontro de alguns autocaravanistas para quem esta forma de turismo é vivida com paixão e encontrou pessoas muito jovens, o que contraria a ideia inicial que associa a prática a pessoas mais velhas. Paula e Nuno andam na casa dos 20 anos e recordam, entre risos, uma situação que lhes aconteceu em França: «Uma vez estávamos parados numa área de serviço, estava lá um emigrante português e bateu-nos à porta. Quando o Nuno abriu, ele admirou-se: «Ups, afinal são novos».

Para muitos é um «hobby, um quebra-stress», conforme sublinha Carlos Gil, para outros uma forma de soltar o espírito aventureiro e gozar «a sensação de liberdade», explicam Paula e Nuno, mas também pode ser uma solução para fazer férias com os «melhores amigos». Inês e Filipe «entraram» no autocaravanismo «por causa dos cães. Porque é sempre difícil encontrar hotéis e parques que aceitem cães», explicam. Desta forma, podem ir a todas às exposições, um pouco por todo o país e pela Europa, levar os cães e ter sempre onde ficar.
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