Venda de carros cai 23,6% em Maio - TVI

Venda de carros cai 23,6% em Maio

Novo Peugeot 308

Pessimismo económico e dificuldades de acesso ao crédito não ajudam

A venda de automóveis ligeiros de passageiros em Portugal caiu 23,6% em Maio face ao mesmo mês do ano passado, revelam dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

No mês em causa, venderam-se em Portugal 14.711 automóveis ligeiros de passageiros, o que representou uma diminuição de 23,6% relativamente a igual período de 2010.

«Assim, pelo quinto mês consecutivo o mercado de ligeiros de passageiros voltou a registar uma queda relativamente ao mês homólogo do ano anterior», nota a associação do sector.

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a queda das vendas em percentagem é de 16,2%, face aos mesmos cinco meses do ano passado.

Além da quebra nos ligeiros, a venda de comerciais ligeiros caiu 27% em Maio (2.982 veículos vendidos) e o comércio de pesados caiu 15,7% (252 veículos vendidos).

«Para esta evolução negativa do mercado terão, eventualmente, contribuído as quedas do clima económico e da confiança dos consumidores que, segundo o INE, voltaram a descer no passado mês de maio», escreve a ACAP. Por outro lado, salienta que «as expectativas dos portugueses sobre a situação financeira das famílias, a situação económica no país e a evolução da taxa de desemprego no país nos próximos doze meses registaram uma deterioração», o que influencia a decisão de trocar ou comprar um novo carro.

O outro lado do problema é o acesso ao crédito. «As condições de acesso ao crédito para financiamento de aquisição de automóvel tornaram-se mais restritivas o que, conjugado com o fim dos incentivos ao abate de veículos e o aumento dos benefícios fiscais à importação de veículos importados usados, teve um impacto negativo no mercado de automóveis novos», adianta a ACAP.

«Por comparação com as vendas registadas no mês de maio de anos anteriores, as vendas registadas em maio de 2011 atingiram valores muito baixos, tendo sido 27% inferiores à média dos últimos doze anos e 14% inferiores à média dos últimos cinco anos», indica a associação.
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